A construção da ponte-cais da Ilha de Inhaca, Maputo, considerada a maior do género no mundo, atingiu os 50%, decorrendo já a betonagem das estacas, numa obra que envolve actualmente 140 trabalhadores moçambicanos.
Fonte da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), concessionária do porto da capital e principal financiador da empreitada, disse que a execução da obra, lançada há precisamente um ano, atingiu, globalmente, os 50%.
Nos trabalhos marítimos foi concluída a cravação de estacas de encamisamento dos pilares em 225 unidades e decorre a betonagem e em paralelo “os testes da capacidade de carga”.
Trata-se de uma ponte-cais com quase um quilómetro de extensão, mantendo-se a previsão de conclusão até março de 2026. Nesta fase decorre já a instalação das vigas do tabuleiro e, em paralelo, “foram iniciados os trabalhos preparatórios para a construção dos pontões de atracação”.
“No momento estão alocados ao projecto 140 trabalhadores de nacionalidade moçambicana”, descreveu ainda a fonte, avançando que na componente dos trabalhos em terra está em curso a construção do muro de contenção e do aterro para a estrada, “estando previsto para a terceira semana de Novembro a conclusão dos primeiros 100 dos 350 metros de estrada”.
Em Julho, trabalhavam na obra 77 trabalhadores moçambicanos, numa empreitada a cargo da empresa estatal chinesa China Road and Bridge Corporation.
Situada à entrada da baía de Maputo, sul de Moçambique, Inhaca é um dos principais pontos turísticos da província, mas a ligação entre a ilha e a cidade é deficitária, devido à reduzida oferta de transporte marítimo e condições de atracação.
Em 01 de Novembro de 2024, aquando do lançamento da obra, diz a Lusa, o então Presidente da República cessante, Filipe Nyusi, afirmou em Inhaca que a construção da ponte-cais está avaliada em 13,5 milhões de dólares e deverá incrementar o turismo, trocas comerciais e pesquisas, sublinhando que será a “maior ponte cais do mundo”, pela sua extensão.
Segundo informação anterior da MPDC, representa “um salto qualitativo em relação à antiga infra-estrutura, que contava com apenas 120 metros de extensão”, e que estava “em estado avançado de degradação”, sendo interdita em 2013.





