O ecossistema financeiro angolano teve um aumento de competência e melhoria de processo no sistema do controle interno por via da digitalização, defendeu nesta Terça-feira, 18, a fundadora Angola Corporate Governance Associatio, Naiole Cohen.
“O ecossistema financeiro teve um aumento de competência, técnica, tecnologia, houve melhoria de processo no sistema do controle interno por via da digitalização do processo interno, uma caminhada para adesão das normas internacionais e branqueamento dos capitais. Estes foram os ganhos neste sector”, reconheceu Naiole Cohen.
Ao fazer uma reflexão sobre “A Ética e Integridade como pilares do Governance do Ecossistema Financeiro”, na 2.ª edição da Forbes África Lusófona Annual Summit 2025, a responsável do Angola Corporate Governance Associatio disse que o sector teve também uma história marcada por restruturações, encerramento, fusões, aquisições e muito ressentimento de abertura de capitais.
Segundo Cohen, tem que se reconhecer que a história recentemente está recheada de escândalos com repercussões internacionais, como o PanamaPapers e Luanda Leaks.
“Nestes acontecimentos os bancários não gostam de falar. No entanto, não é fácil falar de fraudes, fragilidade do controlo interno, sobretudo, falar de comportamento”, frisou.
Ressaltou que em Angola os comportamentos são reflexos do observado, porque a má conduta dos funcionários é directamente influenciada pelos comportamentos que observam dos líderes.
Naiole apresentou ainda um inquérito que aponta que 25% dos trabalhadores dizem que se comportariam de forma antiética em seu próprio benefício. 67% entre os membros do conselho e 51% entre a gestão de topo.





