Montenegro reforça cooperação com Angola e destaca aumento da linha de crédito para 3,25 mil milhões de euros

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, destacou neste Domingo, 23, o momento positivo da cooperação bilateral com Angola, sublinhando o reforço da linha de crédito para 3 250 milhões de euros — um aumento de 62% face ao montante inicial — e a assinatura de 23 novos instrumentos de cooperação desde Julho de 2024. Para…
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Em Luanda, Luís Montenegro destacou o dinamismo económico da relação bilateral e o envolvimento de mais de 250 empresas portuguesas no mercado angolano.
Economia

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, destacou neste Domingo, 23, o momento positivo da cooperação bilateral com Angola, sublinhando o reforço da linha de crédito para 3 250 milhões de euros — um aumento de 62% face ao montante inicial — e a assinatura de 23 novos instrumentos de cooperação desde Julho de 2024.

Para o chefe do Executivo português, estes resultados evidenciam “uma relação cada vez mais intensa e produtiva”, apoiada numa agenda económica dinâmica e num compromisso renovado entre os dois países.

A deslocação oficial a Luanda insere-se na participação à 7.ª Cimeira União Europeia–União Africana, que decorre esta Segunda e Terça-feira na capital angolana. Na capital angolana Montenegro cmeçou por visitar ontem a Escola Ngola Kiluanje, que está a ser alvo de uma profunda intervenção de modernização destinada a ampliar a capacidade de resposta educativa e a receber cerca de 6 000 alunos. O projecto integra o esforço conjunto para fortalecer as infra-estruturas sociais, uma área em que Portugal tem mantido presença técnica e institucional relevante.

Durante a tarde de Domingo, o chefe do Governo português visitou as obras da Nova Marginal da Corimba, uma infra-estrutura de grande escala e impacto urbano, onde se destaca o contributo de empresas portuguesas na execução dos trabalhos. Portugal aponta este projecto como exemplo da capacidade técnica das empresas nacionais e do peso da cooperação económica no desenvolvimento de Angola.

O primeiro-ministro lembrou ainda que cerca de 250 empresas portuguesas operam de forma permanente no mercado angolano, abrangendo sectores que vão das infra-estruturas e saúde à educação, agricultura, turismo, energia e tecnologia. Segundo Montenegro, esta presença empresarial contribui directamente para o desenvolvimento económico angolano, para a criação de emprego e para o reforço da qualificação profissional.

A formação, aliás, é um dos eixos estratégicos da parceria. O governante defendeu a necessidade de acelerar programas de capacitação de recursos humanos tanto em Angola como em Portugal, manifestando a disponibilidade do seu Governo para apoiar a criação de novas academias de formação. “A formação é um eixo essencial de competitividade”, sublinhou.

A agenda de Montenegro desta Segunda-feira incluiu um encontro com o Presidente João Lourenço, no Palácio Presidencial, antes da sessão de abertura da Cimeira UE–África. No segundo dia, a delegação portuguesa será chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

No final do primeiro dia de visita, Montenegro deixou uma nota de confiança: “Há muito para fazer, ainda não fizemos tudo o que queremos fazer, e podem contar com o Governo de Portugal.”

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