Angola e São Tomé e Príncipe formalizaram um acordo de cooperação bilateral que prevê a partilha de experiências e a capacitação de quadros são-tomenses nas áreas de promoção da empregabilidade, inspeção do trabalho e Segurança Social.
O protocolo foi assinado Terça-feira, 25, na capital são-tomense, pelos ministros da tutela de ambos os países, nomeadamente Teresa Rodrigues Dias, por Angola; e Tiny dos Ramos, por São Tomé e Príncipe.
Durante a cerimónia, Teresa Rodrigues Dias destacou que Angola pode contribuir com experiências consolidadas em setores em que o país alcançou estabilidade e resultados reconhecidos. “Queremos ajudar o nosso país irmão, São Tomé e Príncipe, trazendo experiências e formando o seu pessoal”, afirmou, no início de uma visita de dois dias ao arquipélago, citada pela Lusa.
A ministra angolana recordou que o seu homólogo são-tomense, durante uma visita a Angola, teve a oportunidade de observar centros de formação profissional e iniciativas de fomento da empregabilidade, manifestando surpresa pela dinâmica e resultados alcançados, o que motivou a formalização do acordo.
No âmbito da Inspeção Geral do Trabalho, Teresa Dias sublinhou que Angola tem desenvolvido “um trabalho bastante reconhecido”, garantindo o cumprimento rigoroso da Lei Geral do Trabalho e dos acordos relativos ao salário mínimo nacional, apesar de reconhecer que ainda há desafios a superar. No Instituto Nacional de Segurança Social, a governante destacou “uma atuação moderna e estável”, refletindo avanços na gestão e cobertura social.
A ministra angolana expressou ainda abertura para recolher experiências de São Tomé e Príncipe, reforçando a dimensão recíproca da cooperação.
Por sua vez, Tiny dos Ramos saudou o acordo como uma oportunidade estratégica de intercâmbio, visando fortalecer a inspeção laboral, a formação de quadros e o fomento da empregabilidade, com especial atenção à digitalização dos processos. “Esta parceria visa engrandecer e melhorar o nosso contexto de trabalho, de solidariedade e os benefícios que a comunidade e os cidadãos necessitam para alcançar bem-estar, inclusão, justiça social e promoção da sustentabilidade económica de cada país”, afirmou o ministro são-tomense.
O protocolo estabelece um quadro de cooperação prática que poderá servir de modelo para futuras iniciativas entre países lusófonos africanos, reforçando a integração e a partilha de boas práticas no domínio do trabalho, da proteção social e da capacitação profissional.
