“O sector da aviação emerge como um motor concreto de desenvolvimento económico e de crescimento sustentável do Produto Interno Bruto (PIB) angolano”, afirmou, esta Segunda-feira, 08, em Luanda, o ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu.
Durante o lançamento da Academia da Aviação Civil de Angola (AACA), o governante destacou que a aviação não é apenas estratégica, mas transformadora, ao ligar pessoas, aproximar mercados, dinamizar cadeias logísticas, impulsionar turismo, comércio e indústria, e gerar emprego qualificado. “Mas atenção, nada disto se alcança sem liderança, regulação forte, empresas operacionais robustas e recursos humanos preparados”, advertiu.
Segundo D’Abreu, o sucesso do sector depende da participação de todos e da responsabilidade individual, numa lógica de promoção do bem comum e sustentabilidade institucional. O ministro acrescentou que Angola não se limita a seguir normas internacionais: “Queremos contribuir para a definição de padrões e ser exemplo em África”.
A cooperação com organismos internacionais, como a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), através do programa TRAINAIR PLUS, tem sido determinante nos últimos sete anos. Este programa permite absorver as melhores práticas globais e, simultaneamente, formar jovens profissionais capazes de liderar, inovar e transformar o sector, posicionando Angola como referência continental.
O ministro ambiciona que a AACA seja o ponto de partida para projectar Angola no futuro da aviação global, tornando-se um espaço onde talento, competência e liderança se consolidam. “O país espera, a nossa juventude exige e o continente observa. É hora de responder com coragem, capacidade e determinação. Que com a AACA e a ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil], Angola não voe apenas. Que Angola lidere”, afirmou.
D’Abreu acrescentou que a academia permitirá criar legado em formação de alto desempenho, apoiando o programa Nova Geração de Profissionais da Aviação de Angola, e acredita que, em breve, o reconhecimento internacional seguirá, confirmando a qualidade e as ferramentas desenvolvidas internamente.

“Academia surge como pilar do futuro”
Por sua vez, a Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Amélia Domingues Kunvígua, reforçou que a AACA nasce como um pilar de futuro – um espaço onde o talento se desenvolve, a competência se multiplica e a aviação angolana encontra fundamentos sólidos para se afirmar regional e globalmente.
“O nosso objectivo é criar uma academia aberta ao mundo, integrada em redes globais de conhecimento, capaz de projectar Angola com competência, credibilidade e orgulho”, afirmou.
Os cursos, previstos para o primeiro trimestre de 2026, serão de formação de formadores, com duração entre cinco a 10 dias, e incluirão módulos essenciais como “Gestão de Centros de Formação”, “Operações de Centros” e “Desenvolvimento de Cursos Baseados em Competências”.
Segundo a PCA da ANAC, estas formações consolidarão a sustentabilidade técnica do sector e posicionarão Angola como fornecedor regional de formação certificada.




