Inflação desacelera em Moçambique e recua para 4,38% em Novembro

A inflação em Moçambique voltou a desacelerar em Novembro, com os preços a registarem um aumento mensal de 0,29%, cerca de metade da variação observada no mês anterior. Em termos homólogos, a inflação recuou ligeiramente para 4,38%, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país. O Índice de Preços no Consumidor (IPC)…
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Após vários meses de oscilações, os dados de Novembro apontam para uma desaceleração do ritmo inflacionista em Moçambique, apesar da continuidade das subidas mensais.
Economia

A inflação em Moçambique voltou a desacelerar em Novembro, com os preços a registarem um aumento mensal de 0,29%, cerca de metade da variação observada no mês anterior. Em termos homólogos, a inflação recuou ligeiramente para 4,38%, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) referente a Novembro mostra que a variação mensal, embora positiva, reflecte um abrandamento face a Outubro, quando os preços tinham subido 0,47%.

O comportamento do índice continuou a ser condicionado pela divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas, que voltou a assumir um papel determinante na evolução dos preços.

De acordo com o INE, este grupo contribuiu para a variação mensal do IPC com 0,15 pontos percentuais (p.p), evidenciando a persistência de pressões inflacionistas nos bens essenciais, apesar do ritmo mais moderado observado no período.

A análise por produto revela aumentos expressivos em alguns bens de consumo corrente, com destaque para o tomate (6,5%), o coco (11,2%), as refeições completas em restaurantes (1,1%), o carapau (1,1%), as motorizadas (2,6%), o peixe seco (0,9%) e os sumos de frutas (1,5%). Em conjunto, estes produtos contribuíram com cerca de 0,25 p.p positivos para a variação mensal do índice.

Depois de ter registado oito recuos mensais no índice de preços ao consumidor em menos de um ano e meio, quatro dos quais entre Abril e Julho, Moçambique retomou a trajectória de subidas a partir de Agosto, tendência que se manteve em Setembro, Outubro e Novembro, ainda que com sinais de moderação.

Em termos homólogos, o INE indica que a inflação de 4,38% observada em Novembro representa um novo recuo face aos 4,83% de Outubro e aos 4,93% registados em Setembro. Esta evolução foi sobretudo influenciada pelas divisões de alimentação e bebidas não-alcoólicas e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que acumularam aumentos anuais de 9,52% e 9,40%, respectivamente, mantendo-se entre os principais focos de pressão sobre o custo de vida.

 

*Com Lusa

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