Num período em que toda atenção se encontra virada para a privatização da seguradora, os bons resultados continuam a fazer parte dos objectivos da actual direcção, que prevê este ano um crescimento de prémios na ordem dos 15%.
“Pretendemos manter os registos positivos, com o lançamento antes da privatização de novos produtos e soluções digitais para os nossos segurados, aumentar, ainda que de forma tímida, os prémios em 15%, manter a liderança do sector segurador, manter o rácio de despesa nos 29% e a redução da taxa de sinistralidade para 47%”, afiançou o PCA da ENSA, Carlos Duarte, durante a sua intervenção no Webinar, realizado com o objectivo de abordar a privatização da empresa.
Depois de ter registado um resultado líquido negativo de 9,9 mil milhões de kwanzas, em 2019, a ENSA encerrou 2020 com lucros de 17,7 mil milhões de kwanzas, um crescimento na ordem dos 278%, comparativamente ao ano anterior, reduziu para menos de metade o número de apólices, bem como o rácio de despesa para 29%, diminuiu o capital humano em cerca de 50 activos, passou o número de direcções de 24 para 15 e manteve a liderança nos seguros das doenças, saúde, petroquímico, acidentes de trabalho, automóvel e transporte.
Carlos Duarte avançou que a primeira etapa do processo de privatização encontra-se em fase de conclusão e que a actualmente a direcção mantém o objectivo de este ano alcançar resultados positivos, como aconteceu em 2020, ano “fortemente” marcado pela crise pandémica.
Apesar dos constrangimentos que a seguradora enfrentou em 2020, Elmer Serrão, PCA da ARSEG – Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros, garantiu que a privatização surge num período que a seguradora tem conseguido resultados positivos, que demonstram o peso da ENSA no mercado.
“A ENSA apresentou um volume de prémios emitidos na ordem dos 84 mil milhões de kwanzas que corresponde a uma cota de mercado de quase 40%. Os dados acima referidos mostram que a privatização da ENSA traz responsabilidades acrescidas aos futuros accionistas privados que integrarem a sua estrutura accionista independentemente da percentagem da respectiva participação”
Patrício Vilar, PCA do IGAPE, considerou a privatização necessária “para que se encontre competências e experiência relevantes para o funcionamento contínuo, futuro sustentável das operações da ENSA, investidores qualificados, com fortes competências técnicas e conhecimentos no sector segurador”.
Com mais de 43 anos no mercado, a ENSA é a empresa líder do sector segurador angolano. A seguradora está presente em todo o território nacional – através de uma rede de 29 agências próprias, 39 parcerias, 61 mediadores e 56 correctores –, garantindo emprego a 578 colaboradores.