O programa de Acção Financeira Afirmativa para Mulheres em África (AFAWA), uma parceria do BAD com o Banco Mundial, foi apresentado na passada semana, num encontro global convocado pela ONU Mulheres, denominado Fórum de Igualdade de Género, onde se concluiu ser necessário desbloquear um financiamento de 42 mil milhões de dólares para preencher a lacuna que as mulheres empresárias africanas enfrentam.
Para ddebater o assunto, o Fórum juntou o presidente do grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, o presidente francês Emmanuel Macron, entre outras importantes entidades.
No fórum foi abordado ainda o facto de as instituições financeiras terem a tendência de discriminar as mulheres, isso porque, normalmente, vêm-se negadas de financiamento, mesmo tendo as melhores taxas de cumprimento de crédito. “As instituições financeiras basicamente discriminam as mulheres. Há um prémio de alto risco que as mulheres têm de pagar quando procuram dinheiro. Mas as mulheres pagam os seus empréstimos 99% das vezes”, referiu Adesina.
Em resposta, os países do G7, como a Holanda e Suécia, comprometeram-se a financiar um total de 450 milhões de dólares para o programa de Garantia de Crescimento da AFAWA, um mecanismo de redução de riscos que facilita o acesso das mulheres a empréstimos com menores exigências de garantias.
“Não é apenas uma questão de dinheiro. É uma questão de equidade, é uma questão de justiça, é uma questão de respeito”, concluiu do BAD.