O Presidente da República da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló disse esta semana, durante o lançamento do estudo de viabilidade económica para a da construção do porto de Buba, que a futura infra-estrutura irá potenciar um novo desenho da geografia económica do país com a criação de caminhos-de-ferro, estradas e um novo polo de desenvolvimento com impacto além-fronteiras.
Durante a cerimónia que decorreu no palácio do Governo, o chefe de Estado afirmou perante dirigentes guineenses e convidados estrangeiros, que “finalmente” o país dispõe de condições para fazer arrancar as obras do porto de Buba.
“A edificação do Porto de Buba foi um sonho de várias gerações. Muito se falou e muito se escreveu sobre este grande empreendimento. Chegou a hora de transformar esta imaginação antiga num projecto em vias de concretização”, afirmou Embaló.
Por outra, o Chefe de Estado guineense notou que o arranque das obras do porto de Buba só é possível “graças a uma nova diplomacia económica” em curso no país, que, disse, trouxe a recuperação da credibilidade interna e externa da Guiné-Bissau.
O estudo de viabilidade económica do projecto de construção do porto de Buba na Guiné Bissau será realizado em 10 meses pela empresa portuguesa TPF – Consultores de Engenharia e Arquitectura.
Em 2019, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) doou ao Governo da Guiné-Bissau dois milhões de dólares para custear o estudo que nunca avançou devido à instabilidade governativa no país.
A construção do porto de Buba é um projecto antigo da Guiné-Bissau, sendo Angola o último interessado no projecto que estava integrado no processo que iria levar também à exploração das jazidas de bauxite na região de Boé, no Leste do país.
Se for construído, a infra-estrutura será a maior obra de engenharia civil na Guiné-Bissau. Terá 18 metros de profundidade e permitirá o escoamento do bauxite de Boé, bem como a atracagem, em simultâneo, de três navios de até 70 mil toneladas. O maior porto de atracagem de navios comerciais de que dispõe o país neste momento é o de de Bissau, com capacidade para receber navios de até 10 toneladas.