África foi vítima de 1600 cibercrime semanais em Dezembro de 2021

O continente africano registou em 2021 uma média de 1.600 cibercrimes, por semana, sendo a região mais visada com o pico registado em Dezembro último, aponta uma análise retrospectiva da Check Point Research (CPR). Fornecedor líder de soluções de cibersegurança, a Check Point Research revela que África registou, em número, os maiores níveis de ataque,…
ebenhack/AP
Continente liderou lista das regiões mais afectadas pelo cibercrime. É seguida, entre outros, pela região Ásia-Pacífico, que, entre 2020 e 2021, registou um crescimento de 25%.
Economia

O continente africano registou em 2021 uma média de 1.600 cibercrimes, por semana, sendo a região mais visada com o pico registado em Dezembro último, aponta uma análise retrospectiva da Check Point Research (CPR).

Fornecedor líder de soluções de cibersegurança, a Check Point Research revela que África registou, em número, os maiores níveis de ataque, tendo subido 13% entre 2020 e 2021. Isto devido à vulnerabilidade no designado ‘Log4J’. Na prática, o Log4j é, segundo dados disponíveis nos sites especilalizados em IT, uma biblioteca usada por desenvolvedores para fazer logging, um processo que permite guardar registros, envio de informações, processamento de dados, e é através desta biblioteca que o sistema registra erros.

“Através do logging é possível analisar as acções da aplicação e acompanhar as alterações durante o desenvolvimento”, definem os experts do sector das TIC.

África, que cresceu 13% no número de ataques, não está isolada neste ranking de ataques cibernéticos. Da lista, entram ainda, entre outros, as regiões da Ásia-Pacífico e América Latina.

“África (+13%), região Ásia Pacífico (+25%) e América Latina (+38%) foram os principais alvos do cibercrime contra organizações, apesar de a Europa (+68%) ter registado o maior aumento percentual de ciberataques de ano para ano”, lê-se no comunicado enviado esta manhã à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.

O documento refere ainda que entre os sectores mais afectados no mundo constam o da educação e investigação (+75%), administração pública e sector militar (+47%), comunicações (+51%) e o da saúde (71%).

“A educação, os serviços de administração pública, e o sector da saúde constam do top 5 de sectores mais visados em todo o mundo. Acredito que estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware”, considera Omer Dembinsky, Data Research Manager da Check Point Software.

Por outro lado afirma que “estamos a viver uma ciberpandemia. Eu recomendo vivamente todos os utilizadores, especialmente quem está nos sectores mencionados acima, a aprender o básico para se protegerem. Medidas simples como descarregar patches, segmentar redes e sensibilizar colaboradores podem fazer muito pela cibersegurança do mundo”, disse.

“O que é mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subir cada vez mais na lista dos mais atacados”

Omer Dembinsky, alerta ainda que os hackers continuam a inovar. “O ano passado, vimos o número de ciberataques por semana em redes corporativas aumentar 50% em comparação com 2020, um crescimento muito significativo. O pico chegou à medida que nos aproximámos do fim do ano, muito devido às tentativas de exploração da vulnerabilidade do Log4J”. finaliza.

O documento que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso apresenta algumas medidas de segurança, entre elas o de proteger cada instituições os seus recursos (redes, dispositivos, endpoints, entre outros), descarregar as patches regularmente, segmentação das redes, adopção de cibersegurança regulares e a implementação tecnologica de segurança avançadas.

As estatísticas e os dados utilizados neste relatório apresentam dados detectados pelas tecnologias de prevenção de ameaças da Check Point, armazenados e analisados na ThreatCloud.

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