O Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde poderá crescer, em 2022, 6%, ajudado pela recuperação económica que se assisti nalgumas ilhas do país, com o abrandamento das medidas de controlo da propagação da pandemia, anunciou, há dias, o primeiro-ministro do país, Ulisses Correia e Silva.
Ao apresentar o plano de retoma económica do arquipélago, o chefe do Governo disse que, de acordo com uma previsão do Executivo, a economia mostra sinais de recuperação e que este ano, o país deve registar crescimento, ainda que abaixo das metas calculadas para 2021, que é de 7,2%.
“Os cenários que nós traçamos visam atingir em 2021 [um crescimento económico de] 7,2%. Assim que fechar as contas, saberemos qual o nível. Para 2022, a previsão é de 6%”, disse Ulisses, ao apresentar na cidade da Praia o plano de retoma económica para o período pós-Covid-19.
Entre outras medidas, o referido plano prevê linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas, no valor de 24,6 milhões de euros, e de 57,4 milhões de euros, para crédito ao investimento das empresas, e ainda 82 milhões de euros de financiamentos, com o aval do Estado, para 2022.
“Cabo Verde é dos países mais impactados pela crise pandémica. É só ver a contracção económica de 14,8% em 2020 para podermos ter uma noção da intensidade e da dimensão desse impacto”, reconheceu o primeiro-ministro.
Na arrumação da programão financeira do país, O Governo previa anteriormente um crescimento económico entre 6,5 e 7,5% do PIB em 2021, impulsionada pela retoma da procura turística, que se verificou sobretudo no último trimestre, e de 6% em 2022.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – scetor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde Março de 2020, devido à pandemia da Covid-19.
“Há sinais de retoma, ao nível do turismo, é evidente e é visível. Os hotéis reabriram, há retoma dos empregos, temos um conjunto de actividades que estão intimamente relacionadas ao mercado turístico a ganharem também a sua dimensão”, apontou Ulisses Correia e Silva.