A economia angolana fechou o segundo mês de 2022 a inscrever um aumento de 31,18% nos preços do comércio grossista, mantendo, assim, a trajetória crescente que já vem desde há três anos.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE), órgão que, no período, concluiu que o Índice de Preços Grossistas (IPG) em Angola fixou-se em 31,18%, o que representa um aumento de 3,10 pontos percentuais (p.p.) comparativamente a igual período do ano anterior.
De acordo com o INE, os números referentes a Fevereiro passado destacam que a tendência da variação homóloga nos últimos três anos é crescente.
O IPG calcula a variação dos preços dos bens produzidos no país, assim como dos produtos importados comercializados internamente, nos primeiros níveis da transação, nos sectores da agropecuária, pesca e indústria transformadora.
Relativamente a este ano, o INE avança que o Índice de Preços Grossistas (IPG) registou uma variação mensal de 2,22% entre Janeiro e Fevereiro, sendo 0,04 p.p. inferior à registada no período anterior e 0,01 ponto percentual inferior em relação à observada no mesmo mês de 2021.
Só em Fevereiro, os preços dos produtos nacionais aumentaram 2,63% comparados com os preços em janeiro, sendo a secção A – agricultura, produção animal, caça e silvicultura, a que maior aumento de preços registou com 2,89%.
“Os produtos que tiveram maior variação de preços neste grupo foram os seguintes: cenoura com 5,99%, limão com 5,59%, tomate com 4,84%, banana com 4,62%, gado bovino com 4,55%, pimento com 4,52%, repolho com 4,13%, batata-doce com 3,91%, batata rena com 3,78%, leite fresco com 3,59%, cebola com 3,47%, abacaxi com 3,38%, ginguba [amendoim] com 3,37%, mandioca com 2,98%, mamão com 2,97%, laranja com 2,36%, cabrito vivo com 1,63% e ovos com 1,51% entre os principais”, descreve o documento.
A variação acumulada dos produtos nacionais em Fevereiro foi de 5,35%.
No domínio dos produtos importados, a variação de preços em Fevereiro de 2022 reporta um aumento de 2,09% em relação ao mês anterior, influenciado pela variação de preços verificada na secção da agricultura, produção animal caça e silvicultura, com 2,41%.





