A balança comercial de Cabo Verde registou, em Fevereiro último, um agravamento em 47,3% para 58,2 milhões de euros, indicam números recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) local.
A pressionar o desempenho negativo da balança comercial cabo-verdiana esteve, entre outros, o aumento de 50,2% nas importações, face a 2021, que subiu em Fevereiro para 61,8 milhões de euros, precisamente 6.864 milhões de escudos, a moeda local.
Já as exportações dispararam 118% em Fevereiro, em termos homólogos, para 3,6 milhões de euros, enquanto as reexportações cresceram 62,5%, para 16,6 milhões de euros.
Com este desempenho, a balança comercial de Cabo Verde voltou a ser negativa em Fevereiro, em 58,2 milhões de euros, contra os 39,5 milhões de euros em Fevereiro de 2021 e um défice de 46,5 milhões de euros, registado em Janeiro deste ano.
Segundo o INE, a Europa “continua a ser o principal cliente de Cabo Verde”, absorvendo 98,2% do total das exportações do arquipélago, com Espanha a liderar a lista dos principais clientes do país lusófono africano, com uma quota de 78,5% do total, seguida de Portugal (11,9%) e Itália (7,4%).
Os produtos mais exportados por Cabo Verde no segundo mês deste ano foram os preparados e conservas de peixes (85,2% do total das vendas), o vestuário (4,9%) e o calçado (4,6%).
O continente europeu continua também a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com um peso de 70,9% do total, face aos 75,6% em Fevereiro de 2021, onde Portugal se destaca entre os fornecedores de Cabo Verde, com 42,7% do total das importações, seguindo-se Espanha (8,5%). De outros continentes, China teve um peso de (5,5%), Malásia (5,2%) e Brasil (5,0%).
Os dez principais produtos importados por Cabo Verde atingiram 51,7% do montante total das importações do arquipélago, essencialmente combustíveis (12,2%), ferro (6,2%), reactores e caldeiras (6,1%), veículos automóveis (5,6%) e plásticos (4,0%).
A balança comercial de Cabo Verde foi deficitária em todo o ano de 2021, em 642,8 milhões de euros, aumentando 10,5% e anulando a recuperação no ano anterior, de acordo com dados divulgados anteriormente pelo INE.
Em 2021, as exportações aumentaram 1,3% face a 2020, para 46,5 milhões de euros, e as importações cresceram 9,9%, para 689,3 milhões de euros. Por sua vez, as reexportações aumentaram 26,6% face a 2020, para 170,6 milhões de euros.
