Standard Bank prevê que a economia moçambicana cresça 3,7% ao ano

O Standard Bank Moçambique prevê que a economia daquele país cresça a uma média de 3,7% ao ano, entre 2022 e 2025, "um crescimento lento" face à taxa de pobreza do país, referiu Fáusio Mussa, economista-chefe da instituição. O responsável que falava nesta Quinta-feira, 05, em Maputo, durante o Economic Briefing do Standard Bank, um…
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Economia moçambicana poderá crescer 3,7% ao ano, segundo o Standard Bank, que alerta para a necessidade de o país captar investimento estrangeiro como chave para acelerar o desenvolvimento.
Economia

O Standard Bank Moçambique prevê que a economia daquele país cresça a uma média de 3,7% ao ano, entre 2022 e 2025, “um crescimento lento” face à taxa de pobreza do país, referiu Fáusio Mussa, economista-chefe da instituição.

O responsável que falava nesta Quinta-feira, 05, em Maputo, durante o Economic Briefing do Standard Bank, um evento público de análise à situação económica de Moçambique, disse também, ao apontar a necessidade de captar investimento estrangeiro como chave para acelerar o desenvolvimento, que “o país não pode crescer sozinho” e que “o Governo já entendeu a mensagem”, sublinhou, .

Nas suas previsões, o banco prevê taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% para este ano (descontando já o impacto da guerra na Ucrânia e riscos inflacionários globais), 3,7% no próximo, 4,1% em 2024 e 4,3% em 2025.

Moçambique não escapa ao contexto de escalada de preços a nível global, mas, segundo prevê o Standard, terá ainda assim uma taxa de inflação “a um dígito” no final do ano, graças ao controlo da política monetária. Fáusio Mussa referiu que a contrapartida são taxas de juro altas, mas que só afectam parte da população, face a uma larga maioria pobre e muito sensível à inflação.

“Depois de um pico este ano, o Standard Bank prevê um recuo da inflação, com taxas de 9,4% (2022), 7,3% (2023), 6,5% (2024) e 5,9% (2025)”

O economista-chefe do banco reiterou a importância de diversificar a economia para que Moçambique deixe de depender quase totalmente de um reduzido leque de produtos ou sectores – como se perspectiva em relação aos megaprojectos de gás.

De acordo com o Banco Mundial, entre 62% a 63% da população moçambicana vive na pobreza e Bernardo Aparício, recém-empossado administrador-delegado do Standard Bank (em funções desde 01 de Abril), orador no evento, apontou a criação de emprego em vários sectores como solução.

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