Os países africanos produtores de petróleo mostram-se nesta Quarta-feira, 18, preocupados com o difícil acesso ao financiamento no sector, bem como com a fraca colaboração entre as próprias instituições financeiras e petrolíferas do continente.
As preocupações foram apresentadas durante o “Fórum de Investimento e Finanças – Facilitando o Investimento na Indústria de Petróleo e Gás de África”, que decorreu em Luanda, enquadrado no 8º Congresso e Exposição de Petróleo Africano (CAPE VIII).
No fórum, os representantes de instituições financeiras africanas e de empresas petrolíferas foram unanimes em concordar que o acesso ao financiamento é um dos grandes problemas que tem contribuído, negativamente, para a robustez e afirmação das empresas africanas.
Durante o evento, foi também destacado a necessidade de haver maior colaboração entre os países africanos e as suas instituições, de modo que o continente comece a ter de forma geral uma indústria petrolífera sólida, sustentável e que possa contribuir para o crescimento das próprias organizações.
“Essa colaboração que se pede entre as instituições financeiras, passa pela criação de mecanismos e alternativas de acesso ao financiamento e de capital gerados em África para empresas africanas e para a indústria petrolífera em África, uma vez que há uma alta dependência do sector, a nível de África, em financiamento de instituições externas ao continente”, considera Alcides Andrade, director de planeamento estratégico da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), de Angola.
Por outro lado, os intervenientes na mesa-redonda do fórum, defenderam que África deve trilhar um caminho para o futuro, assegurando os fundos para as suas operações de petróleo e gás não secarem, sendo que o continente tem actualmente mais de 125 mil milhões de barris e mais de 500 triliões de pés cúbicos de reservas comprovadas de petróleo e gás.