Angola passou a produzir, diariamente, deste o dia 07 de Julho do ano em curso, 1,5 milhões de litros de gasolina, quatro vezes mais que a sua capacidade anterior que era de 395 mil litros, com a entrada em funcionamento do novo complexo de produção do produto, na refinaria de Luanda, inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço.
Gaspar Martins, presidente do conselho de administração da petrolífera estatal, Sonangol, instituição que investiu 235 milhões de dólares para a materialização do projecto, afirmou que a estrutura vai permitir ao Estado angolano reduzir em 15% o processo de importação do derivado do petróleo no país, representando uma poupança anual de 300 milhões de dólares.
“A Sonangol, em cooperação com a Eni, petrolífera italiana, desenvolveu o projecto actual, com o objectivo de maximizar a produção de gasolina”, revelou Gaspar Martins, acrescentando ainda que “a redução em 70% do uso do fuel oil das fornalhas, para a produção de vapor, e a troca de nafta para a geração de 10 megawatts de energia eléctrica por parte do hidrogénio produzido na refinaria, além do aumento da produção de LPG [sigla em inglês de Gás Liquefeito de Petróleo) para o consumo interno”.
O gestor da multinacional angolana destacou também que o complexo vai ser manuseado por quadros jovens angolanos, que foram “devidamente treinados”, reforçando assim, disse, a aposta da petrolífera estatal no desenvolvimento do capital humano nacional.
Diminuição do dispêndio de divisas para o Estado e a melhoria da qualidade da gasolina distribuída, são alguns dos ganhos que o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou na sua intervenção, aquando da inauguração da nova infra-estrutura de produção de gasolina da refinaria de Luanda.
Falando ainda sobre os benefícios da estrutura, Diamantino Azevedo sublinhou a capacitação e especialização de jovens nacionais na Universidade Corporativa da Eni, na Itália, que como garantiu, adquiriram novas valências técnicas para as actividades de refinação, incluindo a operacionalização do complexo.
Por sua vez, o diretor-geral da Divisão de Recursos Naturais da Eni, Guido Brusco, prometeu “total empenho” da companhia petrolífera italiana em continuar a apoiar futuros possíveis esforços de expansão e modernização [da Refinaria de Luanda].
“Este evento representa a concretização do compromisso assumido pelo nosso CEO, com o Presidente da República [de Angola], em cooperar e apoiar a Sonangol na melhoria e no aumento da capacidade da refinaria de Luanda, aproveitando o know-how específico da Eni”. Considerou Guido Brusco.
Jaime Pedro*
*Com Lusa
