As trocas comerciais entre a China e Angola tiveram um crescimento de 42% em 2021, em termos homólogos, atingindo 23,35 mil milhões de dólares, continuando a China a ser o principal parceiro económico de Angola.
Segundo o embaixador chinês em Luanda a negociação e a isenção de tarifas alfandegárias para as exportações angolanas para a China são liderados pelo petróleo, seguindo-se as rochas ornamentais.
De acordo com Gong Tao, as trocas comerciais chegaram já aos 14,42 mil milhões de dólares no primeiro semestre deste ano, afirmando que o comércio se mantém a bom ritmo nos primeiros seis meses de 2022, com aumento homólogo de 33%, continuando a China a ser o principal parceiro económico de Angola.
Em Maio partiu para a China um cargueiro transportando 50 mll toneladas de granito tendo como destino a China, que importa também outros minerais, alumínios e cobre e produtos derivados, sublinhou Gong Tao.
Já do lado chinês são exportados eletrodomésticos, máquinas e equipamentos, bem como veículos, com os carros chineses a terem boa aceitação no mercado angolano, disse o embaixador.
O diplomata chinês destacou que o objectivo é reforçar a cooperação e facilitar o comércio, lembrando que há cerca de dois meses foi assinado um acordo de transporte aéreo de carga, criando a rota Changsha/Luanda/São Paulo (China/Angola/Brasil.
“A China está otimista quanto ao desenvolvimento económico de Angola”, frisou Tao, acrescentando que a parte chinesa está “de braços abertos para ajudar no transporte de mercadorias” e para que haja mais escolhas nos transportes de produtos chineses e angolanos.
O embaixador apresentou também números relativos ao investimento, salientando que entre 2018 e 2021 foram apresentados 24 projectos de investimento de empresas chinesas no valor de 225 milhões de dólares, com a China a ocupar o terceiro lugar no ‘ranking’ de investimento estrangeiro em Angola.
O diplomata chinês apontou as oportunidades para o reforço da cooperação na celebração do 40.º aniversário das relações diplomáticas China-Angola, em 12 de janeiro de 2023, e sublinhou que quando a paz foi restabelecida em Angola, há 20 anos, foi a China que “rapidamente estendeu as suas mãos” para ajudar na reconstrução do país.
Com LUSA*