De acordo com o mais recente relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV), que detalha as exportações de conservas e peixe congelado, o volume de vendas destes produtos ascendeu, de Janeiro a Maio deste ano, a cerca de 12,2 milhões de euros, representando mais de 80% das exportações do arquipélago.
O documento destaca ainda que, quando comparado com os cinco primeiros meses de 2021, período em que o volume de exportações ultrapassou os 12,4 milhões de euros, as vendas se traduz numa descida de 1,2%.
O valor das exportações cabo-verdianas de conservas e peixe congelado já tinha crescido 1,6% em todo o ano de 2021, face ao anterior, para mais de 38 milhões de euros, segundo dados oficiais.
Nos 12 meses de 2020, essas vendas foram de 37,5 milhões de euros. Contudo, este desempenho ainda fica abaixo das exportações de conservas e peixe congelado anteriores à pandemia, que foram de 52 milhões de euros em 2018 e de 44 milhões de euros em 2019, segundo realça o relatório.
Globalmente, as exportações de bens cabo-verdianos (não inclui receitas com o turismo) aumentaram em 2021 cerca de 1,5% face ao ano anterior, para 47 milhões de euros. Do total das exportações, menos de 10% são produtos transformados no arquipélago, como calçado e vestuário.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde, Espanha é o país que mais compra os produtos cabo-verdianos, com uma quota superior a 60%, mantendo uma forte actividade na indústria conserveira, nas ilhas de São Vicente e de São Nicolau.