Portugal e Moçambique preparam-se para reforçar a cooperação com a realização da V Cimeira Luso-Moçambicana que decorre entre quinta-feira, dia 1, e sexta-feira, 2 de setembro. Para tal, o Primeiro-Ministro português, António Costa, desloca-se àquele país lusófono cumprindo, desta feita, a visita que esteve agendada para 11 e 12 de julho, mas que foi adiada devido à grave situação dos incêndios em Portugal naquela data.
De acordo com informação divulgada na página oficial do Governo de António Costa, “trata-se da V Cimeira entre os dois países e tem como objectivo o aprofundamento das relações bilaterais e assinatura de diversos instrumentos de cooperação”.
Na mesma página destaca-se que, no programa, além da Cimeira, estão previstos encontros políticos com o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, com a presidente da Assembleia da República, Esperança Laurinda Bias, e encontros na área económica com empresários portugueses em Moçambique. Está também prevista uma receção com a comunidade portuguesa residente naquele país.
Moçambique é um dos nove países que integram a CPLP e com quem Portugal mantém laços históricos de cooperação económica. O país liderado por Filipe Nyusi é dotado de abundantes recursos naturais, entre os quais o potencial hidroelétrico, reservas de gás natural, carvão e minerais (titânio, tântalo e grafite, entre outros).
A atividade económica moçambicana, em 2020, em resultado das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, registou uma contração de 1,2%. Mas, em 2021 conseguiu apresentar um crescimento de 2,2%, segundo estimativas do Economist Intelligence Unit. Para o corrente ano, com o aumento da produção agrícola, do alumínio e carvão, e ainda com o início da exploração do campo de gás coral, a expetativa é que o crescimento económico atinja os 4,2%.
