O preço final das acções destinadas ao público na Oferta Pública Inicial (OPI) de Venda de 25% da participação da Sonangol no Banco Caixa Geral Angola (BCGA) foi fixado em 5 mil Kwanzas, o limite máximo do intervalo de preços definido no prospecto da operação.
De acordo com o comunicado de imprensa da instituição financeira enviado à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o preço das acções reservadas aos accionistas angolanos na mesma OPI havia já sido fixado em 3.399 kz, conforme definido no prospecto.
O documento observa ainda que nos termos previstos no prospecto da OPI, para que sejam alocadas acções do BCGA ao investidor é necessário que se verifiquem alguns requisitos, nomeadamente, o preço indicado na declaração de aceitação (ordem de compra) terá que ser igual ou superior ao preço final da oferta dirigida ao público, após a definição de preço, caso o valor indicado na declaração de aceitação seja igual ao preço final da oferta dirigida ao público (5 mil kz), ser-lhe-á alocada a quantidade de acções a que terá direito, a qual poderá ser inferior à quantidade que colocou na declaração de aceitação ou ordem de compra, de acordo com o rateio a realizar.
Caso o preço que colocou na declaração de aceitação (ordem de compra) seja inferior ao preço final da oferta dirigida ao público, o investidor não terá direito a qualquer acção do BCGA, de acordo com o comunicado da empresa, que se tornou a segunda instituição bancária a ter acções cotadas na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), depois do Banco Africano de Desenvolvimento (BAI),
O documento do Banco Caixa Geral de Angola informa ainda que, nesta Sexta-feira, 23, vai ocorrer a liquidação física e financeira das acções alienadas no âmbito desta OPI, enquanto a admissão à negociação na Bolsa de Dívida e Valores de Angola deverá acontecer no dia 29 deste mês.
Detentor de 25% do capital social no Banco Caixa Geral de Angola, através da Sonangol, EP (24%) e a Sonangol Holdings (1%), o Estado angolano poderá arrecadar cerca de 25 mil milhões de kwanzas (57,5 milhões de dólares), de forma indirecta, com a venda das acções.
O Estado português através da Caixa Geral de Depósitos é o maior accionista do Caixa Angola, com 51%, sendo o restante capital distribuído pelos empresários angolanos António Mosquito e Jaime Freitas (12% cada um), Sonangol EP (24%) e Sonangol Holding (1%).
A venda dos 25% do capital social do Caixa Angola pertencentes até ao momento ao Estado, enquadra-se no Programa de Privatizações aprovado pelo governo angolano em 2019, com o objectivo de promover a estabilidade macroeconómica.