Receitas das exportações em Angola aumentam 7,8% no segundo trimestre

As receitas decorrentes da exportação de bens em Angola registaram um aumento de 7,8% no segundo trimestre deste ano, situando-se em 13 676,2 milhões de dólares, contra os 12 684,4 milhões de dólares do trimestre anterior, impulsionadas pelo sector petrolífero, que representou 95% do valor total, apesar da redução das receitas de exportação do gás.…
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Relatório do BNA adianta que a variação do preço médio e das quantidades exportadas de petróleo bruto tiveram um efeito positivo sobre o valor das exportações na ordem de 68,0% e 35,4%.
Economia

As receitas decorrentes da exportação de bens em Angola registaram um aumento de 7,8% no segundo trimestre deste ano, situando-se em 13 676,2 milhões de dólares, contra os 12 684,4 milhões de dólares do trimestre anterior, impulsionadas pelo sector petrolífero, que representou 95% do valor total, apesar da redução das receitas de exportação do gás.

Os dados do Relatório da Balança de Pagamentos do segundo trimestre de 2022, divulgados pelo Banco Nacional de Angola (BNA) no seu website e compilados pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, adiantam que tanto a variação do preço médio como das quantidades exportadas de petróleo bruto tiveram um efeito positivo sobre o valor das exportações, na ordem de 68,0% e 35,4%, respectivamente.

Com uma quota de 54,3%, a China manteve-se na primeira posição entre os principais países de destino da exportação de petróleo bruto angolano, seguida pela Índia, com 7,4%, e pela Itália (6,5%), avança o documento, destacando ainda que as exportações do sector não petrolífero continuam com um “peso residual e muito dependentes do sector diamantífero”, cujas exportações aumentaram de 479,1 milhões de dólares para 535,2 milhões de dólares, ao passo que os restantes produtos representaram apenas 0,5% do total.

Os principais países de destino dos diamantes exportados foram os Emirados Árabes Unidos com 78,0% do valor total, seguido da Bélgica (9,3%) e Hong Kong, com 8,3%.

Importações também cresceram

Já as importações, no segundo trimestre deste ano, também cresceram 21,8%, com o registo do valor de 4511,8 milhões de dólares, contra os 3 703,0 milhões de dólares do trimestre anterior, segundo o BNA, referindo ainda que o aumento das importações se verificou em quase todas as categorias de bens, com realce para os combustíveis (469,9 milhões de dólares) e as máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos (230,1 milhões de dólares).

O relatório aponta que a conta corrente manteve-se superavitária na ordem de 3 522,4 milhões de dólares, equivalente a 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB), registando um decréscimo de 26,7% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo aumento das importações de bens e serviços, bem como pelo agravamento do défice dos rendimentos e transferências correntes, não obstante ao aumento das exportações de bens, mas numa magnitude muito inferior.

O saldo superavitário da conta de bens registou um ligeiro aumento de 2,0%, ao passar de 8 981,5 milhões de dólares no primeiro trimestre para 9 164,4 milhões de dólares no segundo trimestre, devido ao crescimento das despesas de importações de bens, numa proporção superior ao das receitas de exportação.

Já o stock das Reservas Internacionais Líquidas (RIL) registou uma redução de 266,8 milhões de dólares, ao passar de 14 385,7 dólares no primeiro trimestre para 14 119,0 dólares, correspondente a uma cobertura de 6,3 meses de importações de bens e serviços, descreve o relatório do BNA.

Por outro lado, diz o banco central angolano, o stock da dívida externa total situou-se em 66 156,6 milhões de dólares, contra os 65 450,5 milhões de dólares do primeiro trimestre, o que representa um aumento de 706,0 milhões de dólares norte-americanos.

O regulador do sistema financeiro angolano refere igualmente que o stock da dívida externa pública registou um ligeiro aumento ao atingir 51 711,8 milhões de dólares, contra os 51 004,6 milhões de dólares do primeiro trimestre de 2022.

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