As fraudes representaram mais de 10% de todas as queixas de clientes bancários recebidas pelo Banco de Cabo Verde (BCV) em 2021, com um grande número de reclamantes vítimas de phishing (crime de enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais como senhas e número de cartões de crédito), indicam os dados de um relatório.
O documento do banco central cabo-verdiano compilados pela Lusa, revelam que a clonagem e posterior uso de cartões bancários, utilização de credenciais de segurança de cartões de débito e Internet banking, bem como o recurso a assinaturas falsificadas nos talões de levantamento, dentro das próprias agências dos bancos e nos balcões de atendimento, permitindo levantar numerário ilicitamente, constituem a maioria das ocorrências registadas.
Segundo o relatório, durante o ano de 2021, foram recebidas pelo BCV, globalmente, um total de 327 reclamações dos consumidores de produtos e serviços bancários, mantendo a tendência de crescimento nesta matéria, uma vez que em 2020 tinham sido registadas 313 queixas pelo banco central, em 2019 um total de 275, sendo que em 2018 foram registadas 250.
Quanto às três instituições sobre as quais os clientes mais reclamaram o ano passado, o Banco Comercial do Atlântico (BCA) lidera com 111 reclamações, seguido pelo banco estatal cabo-verdiano Caixa Económica, com 52 queixas, enquanto o Banco Interatlântico, com 26 reclamações figura em terceiro lugar.
O documento do BCV dá ainda conta que em 2021 foram abertas um total de 40.651 contas bancárias no país, o que perfaz um total acumulativo de 799.833 contas bancárias à ordem existente em todas as instituições bancárias que compõem o sistema financeiro nacional, que conta com sete bancos comerciais, tratando-se de um aumento de 5,4% face a 2020.





