Cabo Verde mantém-se no “grupo elevado” do Índice de Desenvolvimento da Governação Electrónica – E-Government Development Index (EGDI), ocupando, neste momento, a 2.ª posição na sub-região ocidental africana, 8.ª em África e 17.ª entre os 37 pequenos estados insulares em desenvolvimento, segundo um relatório publicado recentemente.
A Governação electrónica no arquipélago tem sido um pilar fundamental do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) e eixo fundamental do Programa do Governo.
Todavia, num comunicado publicado no website do Governo de Cabo Verde a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o Executivo admite que ainda existe um longo caminho a percorrer e que são vários os desafios a vencer pelo país, designadamente a nível da prestação de serviços online e participação electrónica e de dados abertos, cujos resultados ainda continuam abaixo da média dos grupos de países e clusters avaliados no UN E-Government Survey.
O estudo sobre a Governação Electrónica produzido pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas (UN E-Government Survey), denominado E-Government Survey 2022, é publicado desde 2001, sendo considerado o único relatório global que avalia o estado de desenvolvimento da governação electrónica de todos os países-membros da Organização das Nações Unidas.
Neste sentido, foi recentemente aprovada a Estratégia para Governação Digital de Cabo Verde (EGDCV), através da Resolução nº 113/2021, de 14 de Dezembro, para o quadriénio 2021-2024.
Esta nova estratégia estabelece sinergias alicerçada nas tecnologias de informação e comunicação e no digital para atingir a visão global do PEDS, “de um Cabo Verde desenvolvido, inclusivo, democrático, aberto ao mundo, moderno, seguro, onde imperam o pleno emprego e a liberdade”.
A EGDCV tem como visão orientadora um país digital, um Estado ágil, capaz, resiliente, confiável e transparente, mais próximo em todas as etapas de vida dos cidadãos e das empresas.