Exclusivo: ÁUREA torna-se a primeira Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários 100% nacional

A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) autorizou nesta Segunda-feira, 17, o registo da ÁUREA – Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários (SDVM), que é considerada assim a primeira Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários registada em Angola. “Não temos ainda actividade no âmbito do Mercado de Valores Mobiliários porque aguardávamos resposta do regulador, que surge hoje…
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Instituição já está inscrita na CMC. À FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a sua PCA considera o facto “um marco digno de destaque” e diz que se querem tornar na referência do mercado de capitais angolano.
Economia Negócios

A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) autorizou nesta Segunda-feira, 17, o registo da ÁUREA – Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários (SDVM), que é considerada assim a primeira Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários registada em Angola.

“Não temos ainda actividade no âmbito do Mercado de Valores Mobiliários porque aguardávamos resposta do regulador, que surge hoje [Segunda-feira], com o registo da ÁUREA”, declarou em exclusivo à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, Ana Regina Jacinto da Silva Correia Victor, presidente do conselho de administração da SDVM.

A ÁUREA surge devido a alteração da Lei nº 14/21 de 19 de Maio, que aprova o Regime Geral da Instituições Financeiras e que impõe a transferência dos serviços e actividades de investimento, hoje prestados por instituições financeiras bancárias no mercado de capitais, para sociedades distribuidoras ou corretoras de valores mobiliários.

À FORBES, Ana Regina Victor considerou o registo na CMC “um marco digno de destaque”, que torna a ÁUREA na primeira Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários a operar em Angola, 100% nacional. “A ÁUREA nasce para ser a referência do mercado de capitais angolano, distinguindo-se por uma actuação independente, pela inovação da oferta e excelência das suas pessoas”, indicou.

No que diz respeito às instituições financeiras bancárias, a gestora garante que todos os bancos com os quais pretendem estabelecer parceria, passarão a ter uma solução com gestão independente para actuar nos mercados financeiros, com o maior rigor e transparência.

“Pretendemos contribuir para a transformação do mercado de capitais angolano, apresentando soluções inovadoras na originação e comercialização de produtos e serviços financeiros”, enfatiza.

O foco da actividade da ÁUREA, diz a sua PCA, será a originação e estruturação de operações financeiras em mercado primário e a negociação de valores mobiliários em mercado secundário, tendo como clientes os bancos, seguradoras, fundos de pensões e de investimento, instituições e investidores privados.

Assumir-se como a “parceira de excelência” no Mercado de Capitais em Angola é, segundo Ana Regina Victor, a grande meta da ÁUREA, que conta, para o efeito, “com uma equipa com reconhecida competência”, que irá trabalhar na apresentação  de soluções para a realização de operações no mercado primário, nomeadamente, a emissão e oferta à subscrição de novos valores mobiliários, seja no mercado de dívida, acções ou de derivados, para os clientes, bem como na promoção da geração de valor transversal a todo sistema financeiro.

A gestora diz acreditar que as recentes alterações à lei, promovidas pelo órgão regulador, vão tornar o mercado de capitais angolano mais competitivo e com a maturidade necessária para favorecer o desenvolvimento económico de Angola.

“Neste sentido, olhamos de forma positiva para a implementação da nova Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras que, entre outras medidas, visa concentrar a prestação de serviços e actividades de investimento em valores mobiliários e instrumentos derivados em instituições financeiras não bancária (IFNB), ligadas exclusivamente ao mercado de capitais e ao investimento, proporcionado assim abertura para surgimento de novas IFNB com iniciativas inovadoras de captação de investimento”, referiu.

Ana Regina Victor considera estar-se a viver “um momento muito interessante”, com o lançamento, este ano, do mercado accionista, com duas empresas cotadas em bolsa, estando outras em fase de preparação para também abrirem o seu capital em bolsa.

“Aqui existem muitas oportunidades no âmbito de intermediação que pretendemos explorar, apresentando soluções inovadoras na originação e comercialização de produtos e serviços financeiros”, concluiu a PCA da ÁUREA.

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