Agricargas conquista primeira edição do prémio Start-up Pitch

O Prémio Startup Pitch, referente à 1ª edição da Startup Day Bay NF, foi conquistado pela Agricargas – uma start-up angolana de impacto socioeconómico virada para o sector do agronegócio, sedeada na província do Bengo – que como consequência recebeu um financiamento de 500 mil kwanzas (pouco mais de 990 dólares), atribuído pela Igniting Potential,…
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Start-up sedeada na província do Bengo recebeu um financiamento de 500 mil kwanzas, atribuído pela Igniting Potential, empresa que promove a criação de empregos de qualidade em Angola.
Economia Empreendedores

O Prémio Startup Pitch, referente à 1ª edição da Startup Day Bay NF, foi conquistado pela Agricargas – uma start-up angolana de impacto socioeconómico virada para o sector do agronegócio, sedeada na província do Bengo – que como consequência recebeu um financiamento de 500 mil kwanzas (pouco mais de 990 dólares), atribuído pela Igniting Potential, empresa que promove a criação de empregos de qualidade em Angola.

O anúncio da start-up vencedora – que tem como missão construir pontes para a expansão do agronegócio, capitar e proporcionar maior inclusão de produtores nacionais, empresas agrícolas e indústrias transformadoras – foi feito no final de uma conferência que abordou os “Desafios e Oportunidades na Perspectiva de Compliance”, promovido há dias, na capital angola, Luanda, Confojur – empresa dedicada à formação e consultoria em compiliance.

Na ocasião, o CEO da Agricargas, Benjamim Mateus Cardoso, referiu que o financiamento servirá de base para dar início às novas jornadas da start-up, onde irão canalizar mais recursos para continuar a dar sustentabilidade ao projecto, visto que ainda têm muito caminho para percorrer no mercado do agronegócio e na afirmação da Agricargas.

“Com este incentivo poderemos adquirir mais conhecimentos em formações para maior capacitação dos quadros internos do projecto, estender o nosso mercado de venda, capacitar ainda mais os nossos colaboradores externos e dar maior visibilidade ao agronegócio local. Continuaremos a desenvolver o nosso projecto e as negociações na região agrícola do Bengo, de modo a atingir as metas traçadas para o fomento da economia regional”, apontou Benjamim Cardoso.

A directora da empresa organizadora, Nádia Feijó, explicou à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA que o evento foi realizado para que as start-ups consigam obter investimento mais rápido e de uma forma segura.

“As start-ups têm que ter uma estrutura minimamente organizada para poderem apresentar o seu projecto aos investidores. Ninguém quer investir dinheiro em algum lugar para não ter retorno. As questões ligadas à ética, integridade, estruturação dos processos e acordos entre os sócios e fundadores das start-ups são muito essenciais e devem ser asseguradas”, reforçou.  

Já o director de departamento de Pequenas e Médias Empresas do Banco Millennium Atlântico, que apoia start-ups, micros, pequenas e médias empresas, através do seu laboratório digital em Angola, denominado “Disruption Lab”, Pedro Graça, indicou que os empreendedores têm de ter um plano de negócios e “uma visão muito forte” sobre aquilo que pretendem fazer no momento e nos próximos anos.

Entretanto, a directora do Fouder Institute Luanda, Haymée Cogle, defendeu que o mais importante é que as ideias dos empreendedores respondam a uma necessidade real e que apresentem uma solução real ao problema identificado para que sejam validadas.

Juceline Paquete, directora do Gabinete de Desenvolvimento do Mercado, da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), afirmou que enquanto supervisor e regulador do sistema financeiro, a instituição tem implementado políticas para flexibilizar as leis e regulamentos, com vista a facilitar o acesso das start-ups, dando exemplo da retirada da auditoria e apresentação de contas.

Por seu turno, o chefe de Departamento de Programas de Facilitação e de Financiamento do INAPEM – Instituto de apoio às Micro Pequenas e Médias Empresas, Nédio dos Santos, revelou que este ano mais de duas mil empresas, constituídas maioritariamente por sócios nacionais, já beneficiaram de financiamento.  

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