Quais são, para si, os três grandes desafios de Lula da Silva para o Brasil?
Primeiro a reconstrução da esperança nos diversos grupos comprometidos com a sua eleição;
Depois identificar as conectividades complexas e urgentes na geopolítica mundial, em ajuste às grandes responsabilidades do Brasil como líder estratégico na produção de proteínas animal e vegetal para alimentar muitos países em todos os continentes;
E terceiro preservar os fluxos de capitais internacionais que tem no Brasil, reconhecida liderança nos projectos de energia renovável e múltiplas tecnologias inclusivas em ascensão no Brasil.
E neste sentido quais as expectativas da classe empresarial?
Aponto três. Primeiro, ter em atenção a efetivação de profunda reforma tributária, integrando os poderes legislativo, judiciário e executivo; viabilizando ganhos de produtividade e ampliando as possibilidades de geração de empregos; Depois pretendem a garantia de diálogos construtivos, nas entidades de classe, perseguindo a identificação de responsabilidades de gestão a serem compartilhadas com efetividade e quantificação de resultados em métricas de curto, médio e longo prazos; Por último, a fixação e preservação de marcos regulatórios integrados à segurança jurídica para as parcerias internacionais já presentes no Brasil.
O que na sua opinião é prioritário para o pais?
A convergência de esforços de todas as conflituosas alternativas ideológicas, priorizando a blindagem da soberania do país.
Em termos geopolíticos, como vê o Brasil no mundo?
As responsabilidades do Brasil no mundo são crescentes e irreversíveis, decorrentes da força económica, multiculturalismo étnico, unificação linguística e inquestionável habilidade de diálogo nos múltiplos organismos multilaterais.