BNA reduz taxas de juro

O Banco Nacional de Angola (BNA) baixou a taxa básica de juro de 19,5% para 18%, a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez de 21% para 18% e a taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez de 15% para 14%. “Esta decisão fundamenta-se na redução da inflação observada…
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A decisão de baixar a taxa básica de juro e as taxas de absorção e cedência de liquidez é justificada com a redução da inflação e uma certa queda das pressões inflacionistas observadas em 2022.
Economia Negócios

O Banco Nacional de Angola (BNA) baixou a taxa básica de juro de 19,5% para 18%, a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez de 21% para 18% e a taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez de 15% para 14%.

“Esta decisão fundamenta-se na redução da inflação observada ao longo do ano de 2022 e também de uma certa redução das pressões inflacionistas. A decisão fundamentou-se ainda no alinhamento das condições monetárias com o objectivo de inflação de médio e longo prazo”, explicou o governador do banco central angolano, José Massano.

O responsável, que falava em conferência de imprensa, após realização de mais uma reunião co Comité de Política Monetária (CPM) da instituição que lidera, referiu que, no plano nacional, os fundamentos macroeconómicos continuam favoráveis.

“No ano de 2022 o sector externo teve um desempenho positivo com a conta de bens a registar um saldo superavitário de 30,9 mil milhões de dólares norte-americanos, um aumento de cerca de 42% comparativamente ao ano de 2021, reflexo do crescimento das exportações, e cerca de 43,5%, apesar do crescimento das exportações, ter ocorrido em cerca de 46,4% nesse mesmo período”, precisou.

De acordo com os dados avançados por José Massano, as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) situaram-se neste momento nos 14,48 mil milhões de dólares, capazes de cobrir cerca de seis meses de importações de bens e serviços. No sector real, estima que o Produto interno Bruto (PIB) do país tenha crescido em torno dos 3,17%, em 2022, suportado essencialmente pela dinâmica do sector não petrolífero, com destaque para os serviços mercantis, sector diamantífero, agricultura e o sector da construção.

“Para 2023 prevemos que a nossa economia prossiga uma trajectória ascendente, crescendo a uma taxa em torno de 3,3%”, apontou Massano, que definiu também para o ano em curso uma meta de inflação entre os 9% e os 11%.

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