Electra prevê gastar 70 milhões de euros em combustíveis

A empresa pública cabo-verdiana Electra prevê gastar mais de 70 milhões de euros este ano em combustíveis, que garantem acima de 80% da produção eléctrica nacional. Segundo o Plano de Actividades e Orçamento (PAO) para este ano, aprovado na assembleia-geral da empresa de produção e distribuição de electricidade e água, realizada recentemente, no Mindelo, São…
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O plano de investimentos estruturantes a ser realizado pela empresa pública de electricidade cabo-verdiana, em 2023, ronda os 31 milhões de euros, com previsão de arrecadar 118,9 milhões de euros.
Economia Negócios

A empresa pública cabo-verdiana Electra prevê gastar mais de 70 milhões de euros este ano em combustíveis, que garantem acima de 80% da produção eléctrica nacional.

Segundo o Plano de Actividades e Orçamento (PAO) para este ano, aprovado na assembleia-geral da empresa de produção e distribuição de electricidade e água, realizada recentemente, no Mindelo, São Vicente, as previsões para os custos com os combustíveis apontam para quase 70,1 milhões de euros em 2023, face aos cerca de 76,1 milhões de euros em 2022.

“Trata-se de uma diminuição de 7,8%, justificada pelos custos de combustíveis projectados para o PAO 2023 serem inferiores aos estimados para 2022”, explica a empresa, numa alusão à escalada dos custos com a importação de combustíveis no ano passado, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Plano de Actividades e Orçamento da Electra para 2023 prevê uma taxa de penetração de energia renováveis de 18,7%, um aumento da produção térmica em 0,3%, com um aumento na produção por renováveis em 9,4%, mas com uma subida de 1,7% nos custos com a produção da energia eólica.

Entretanto, o plano de investimentos estruturantes a ser realizado pela Electra em 2023, diz a Lusa, ronda os 31 milhões de euros, prevendo a empresa estatal receitas de 118,9 milhões de euros, contra gastos de quase 122,8 milhões de euros.

O presidente do conselho de administração da Electra, Luís Teixeira, alertou, em Janeiro último, que o furto e fraude de energia está a pôr em causa a sustentabilidade do sector, lamentando o atraso da Justiça.

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