A DeltaGest Capital, sociedade gestora de organismos de investimento colectivo (SGOIC), elegeu, há dias, Paulo Pizarro para o cargo de presidente da “Assembleia de Participantes”, durante a 1ª assembleia de investidores do Fundo de Capital de Risco Greenfield, recentemente constituído no mercado angolano.
No mesmo encontro, Frederico Marques Bicho, foi também eleito para exercer a função de secretário da Mesa da referida Assembleia, segundo um comunicado partilhado com a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
Entretanto, a FORBES apurou que constaram também da agenda de trabalho a aprovação da capitalização inicial de 350 milhões de kwanzas (cerca de 687,8 mil dólares) do Greenfield, bem como a apresentação de modelo de gestão do fundo, como produto financeiro e suas interfaces entre stakeholders.
Além de Paulo Pizarro e Frederico Bicho, de acordo com o comunicado, participaram da reunião cincou outros membros fundadores do fundo Greenfield, designadamente Paulette Lopes, António Júlio Gonçalves, João Vieira de Matos, Fernando Alonso Henriques e João Saraiva dos Santos, bem como dois integrantes da equipa de administração da DeltaGest Capital, nomeadamente Manuel Maria Lourenço e Paulo Bernardino.
O Greenfield – Fundo de Capital de Risco é o primeiro fundo de capital de risco (venture capital) angolano registado na Comissão de Mercado de Capitais e foi constituído a 18 de Janeiro de 2023 com uma capitalização inicial de 350 milhões de kwanzas e um total 28 unidades de participação subscritas.
“Este fundo fechado e de subscrição particular, tem como política o investimento em oportunidades com impacto positivo no ambiente, na sustentabilidade da economia e melhoria na governação interna das instituições”, lê-se na nota.
Estarão previstos durante a duração do fundo, que é de dez anos, aumentos de capital até uma capitalização máxima de 7,5 mil milhões de kwanzas (14,7 milhões de dólares). Os investimentos serão feitos através da aquisição de participações de capital social, subscrição de aumentos de capital, contratação e subscrição de instrumentos de dívida ou instrumentos híbridos e que se destinam a financiamento de empresas que operem em áreas de actividade económica das indústrias extractivas e transformadoras, activos prestadores de serviços tecnológicos, activos no processo embrionário de desenvolvimento de “start-ups” do sector IT e FinTechs e todo o tipo de activos que suportem o processo de desenvolvimento da produção nacional.
Neste momento, a Deltagest Capital está a comercializar o Fundo Brownfield com uma política de investimento de rentabilização financeira ligadas à diversificação da economia e ao desenvolvimento do conteúdo local nas diversas cadeias de valor nacionais.
Com o Greenfield, a DeltaGest Capital, empresa de capitais exclusivamente angolanos, lançou também, em 2022, o Brownfield, outro fundo de capital de risco.
Trata-se de instrumentos financeiros novos no mercado angolano, cujo principal objectivo é o de proporcionar aos seus participantes (investidores) uma alternativa de investimento em kwanzas, que permitirá a diversificação das carteiras, com rentabilidade acrescida em activos através de um investimento que, pelo enorme impacto nos aspectos social, económico, cultural e ambiental, espera-se que venham a ter repercussões altamente positivas na governação empresarial no país.