Compacto Lusófono pode vir a ser alargado a mais países africanos

A aplicação da plataforma de investimento Compacto Lusófono a países como o Senegal, o Gana, a Costa do Marfim e até a África do Sul, está em análise, disse há dias o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. A questão foi abordada por João Gomes Cravinho numa visita ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), onde…
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Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal fez saber que tencionam estender a vigência temporal e a aplicabilidade da iniciativa para o Senegal, Gana, Costa do Marfim e África do Sul.
Economia

A aplicação da plataforma de investimento Compacto Lusófono a países como o Senegal, o Gana, a Costa do Marfim e até a África do Sul, está em análise, disse há dias o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

A questão foi abordada por João Gomes Cravinho numa visita ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), onde esteve em destaque a implementação da iniciativa, lançada por Portugal em parceria com o BAD e destinada a acelerar o crescimento do sector privado e o desenvolvimento de infra-estruturas nos seis Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

“Nós estamos interessados, por um lado, em estender a vigência temporal, mas, por outro lado, também alargar a sua aplicabilidade para países como o Senegal, Costa do Marfim e Gana, e mesmo possivelmente a África do Sul, que são países onde há interesses também para a relação entre a cooperação e o empresariado português”, disse o chefe da diplomacia portuguesa.

Na reunião, que decorreu na última Quarta-feira no âmbito da visita oficial do ministro à Costa do Marfim, o BAD manifestou estar “muito satisfeito” com esta iniciativa, que é “um instrumento de alguma forma inovador e com muito potencial”.

De acordo com a Lusa, o alargamento da vigência do Compacto Lusófono, por mais cinco ou até 10 anos, já tinha sido anunciado em Maio, pela presidente do seu comité diretor, Moono Mupotola.

Esta responsável revelou também, na altura, que estava a ser analisada a entrada na parceria do Brasil, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) – a agência especializada da ONU para promover e acelerar o desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo -, do Banco Europeu de Investimento e da Agência Africana de Garantia do Comércio, com interesse em ajudar o sector privado a garantir as exportações.

A parceria foi aprovada para cinco anos, de 2018 a 2023, e em Dezembro chegaria ao fim, mas a orientação do comité director foi que gostaria de vê-lo continuar por dez anos, e houve um acordo de princípio por parte do Governo de Portugal para continuar a apoiar, com a garantia financeira de 400 milhões de euros para investimentos nos PALOP, segundo a mesma responsável.

Actualmente estão em desenvolvimento, no âmbito desta iniciativa, projectos de investimento de cerca de 7,5 mil milhões de dólares, em várias fases de implementação, nos seis países, nomeadamente Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, segundo o BAD.

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