Moçambique vai passar a produzir gás de botija para cozinha a partir de 2024, o que permitirá reduzir em 70% as importações nacionais, afirmou o ministro dos Recursos Minerais e Energia do país, Carlos Zacarias.
“A partir de 2024, Moçambique passará a produzir anualmente cerca de 30 mil toneladas de GPL [Gás de Petróleo Liquefeito], o chamado gás de botija para cozinha, o que reduzirá a importação em cerca de 70%”, afirmou o governante, durante a 8.ª Cimeira de Gás & Energia de Moçambique, que decorreu em Maputo.
Em causa está um projecto da petrolífera sul-africana Sasol para produzir em Moçambique, a partir de Março do próximo ano, gás de cozinha, tendo em conta que já explora no país a produção de gás em Temane (Inhassoro) e Pande (Govuro), província de Inhambane. A primeira pedra deste empreendimento foi lançada em 27 de Março de 2022, em Inhassoro, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Para além de gás de cozinha, avança a Lusa, a empresa prevê produzir gás para alimentar a Central Térmica de Temane e petróleo leve para exportação.
Estes três projectos, segundo informação anterior da Sasol, integram o Acordo de Partilha de Produção (PSA, na sigla em inglês), no valor de 760 milhões de dólares, assinado em 2020 com o governo moçambicano, para produção de gás natural destinados à geração de energia eléctrica, de 30.000 toneladas de gás de cozinha e a produção diária de 4 000 barris de petróleo leve para exportação.