Artista são-tomense René Tavares inaugura exposição individual em Londres

O artista são-tomense René Tavares inaugurou nesta Segunda-feira, 09, uma exposição individual intitulada “Retratos para Inglês Ver”, no Africa Centre, em Londres, que evoca a história colonial e ligações ao Brasil e ao Reino Unido. A exposição, que vai manter-se até 29 de Outubro, mostra seis obras inéditas das séries do artista "Portraits for English…
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A exposição individual do artista são-tomense, intitulada “Retratos para Inglês Ver”, evoca a história colonial e ligações ao Brasil e ao Reino Unido, e estará patente até 29 de Outubro.
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O artista são-tomense René Tavares inaugurou nesta Segunda-feira, 09, uma exposição individual intitulada “Retratos para Inglês Ver”, no Africa Centre, em Londres, que evoca a história colonial e ligações ao Brasil e ao Reino Unido.

A exposição, que vai manter-se até 29 de Outubro, mostra seis obras inéditas das séries do artista “Portraits for English to See” e “Cotton People Reloaded” de grande escala, que representam personagens em paisagens de campos de algodão.

O título da exposição é uma referência à expressão portuguesa antiga para inglês ver, cuja origem é atribuída à década de 1830, quando Inglaterra exigiu ao Brasil que promulgasse legislação para travar o tráfico negreiro.

As duas séries são a continuação de pesquisas e projectos realizados nos últimos anos, para os quais recolheu material de arquivo, fotografias e mapas antigos do tempo colonial. “Foi durante esse processo que surgiu a necessidade de interligar a história percorrendo o Atlântico que é o ponto comum onde se cruza a grande parte da narrativa africana e a sua riqueza comum, afirmou o artista à agência Lusa.

“O ‘Retrato para Inglês Ver’ surge quando começo a trabalhar sobre a comunidade do sul da ilha de São Tomé, os angolares. E o ‘Cotton People Reloaded’ é o seguimento que se dá através da trajectória desse mesmo povo e outros do sul”, adiantou.

Tavares quer levar as pessoas a questionar acerca dessa viagem reinventada, que parte do sul de uma ilha para chegar às Américas, uma questão que considera importante para a afirmação dos valores da identidade negra.

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