“Angola tem contexto favorável para modernizar sector financeiro” – EY

Angola apresenta um contexto favorável para modernizar o sector financeiro, "com os mercados informais a assumirem-se como uma oportunidade para introduzir soluções de pagamentos capazes de alavancar os negócios locais, a inclusão financeira e a formalização da economia" considerou, há dias, em Luanda, o director da EY, Consulting Financial Services, João Rueff Tavares. Citado numa…
ebenhack/AP
Director da EY, Consulting Financial Services diz existir, por exemplo, potencial para Angola se aproximar de valores de contas bancárias móveis ao nível dos países mais desenvolvidos da região.
Economia

Angola apresenta um contexto favorável para modernizar o sector financeiro, “com os mercados informais a assumirem-se como uma oportunidade para introduzir soluções de pagamentos capazes de alavancar os negócios locais, a inclusão financeira e a formalização da economia” considerou, há dias, em Luanda, o director da EY, Consulting Financial Services, João Rueff Tavares.

Citado numa nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, João Rueff Tavares, afirmou que, face à realidade de Angola, “onde cerca de 50% da população é bancarizada e onde é esperado que em 2050 se atinja perto de 73 milhões de habitantes, existe “um forte potencial para o país se aproximar de valores de contas bancárias móveis ao nível dos países mais desenvolvidos da região”. Isto, aponta, “contribuirá para o crescimento efectivo do PIB, aumento da receita fiscal e um ambiente de negócios amigo do investimento directo estrangeiro e interno”.

O especialista falou sobre as opções e desafios da adopção digital nos serviços financeiros e sublinhou ter sido a evolução tecnológica e digital que pressionou a reformulação do modelo de negócio da banca tradicional.

Segundo João Rueff Tavares, embora o desenvolvimento tecnológico e a adopção digital, por parte das instituições financeiras, estar a permitir às pessoas realizarem operações “de forma mais prática e concretizarem transacções financeiras com maior celeridade”, através do telemóvel, a verdade é que lançou também vários desafios aos bancos e aos próprios clientes.

“É importante a adopção de uma política de controlo e gestão sobre as actividades bancárias, para assegurarmos a mitigação de crimes financeiros e a salvaguarda de danos reputacionais”, defendeu o director da EY, Consulting Financial Services, salientando ainda ser “crucial” promover a segurança de informação para mitigar potenciais ataques cibernéticos.

A conferência sobre Transformação Digital reuniu em Luanda especialistas dos sectores das Telecomunicações, Finanças, Administração Pública e operadores do segmento das TIC, para analisar o quadro actual da adopção digital no país, desde a literacia digital e tecnológica, passando pela inclusão financeira e a cibersegurança.

Mais Artigos