O Governador de Angola na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Estevão Pedro, anunciou, há dias, que Luanda rejeitou a quota atribuída pelo cartel, que previa uma redução, e vai manter a meta de 1 180 mil barris por dia para 2024.
No final da 36.ª reunião ministerial desta organização de 23 países, em que foram deliberadas as quotas de produção para os seus membros a partir de 01 de Janeiro de 2024, Estevão Pedro disse que “Angola não concorda” com a decisão.
“Nós já tínhamos apresentado os nossos dados, tendo em conta as capacidades do país, mas, entretanto, a decisão (da OPEP+) foi contra a quantidade que nós prevíamos”, sublinhou.
A OPEP+ apresentou uma meta de 1 110 mil barris/dia, enquanto Angola quer produzir mais 70 mil barris. Segundo o responsável, durante a reunião, Angola reafirmou a sua posição, mas ao contrário da unanimidade que tem sido habitual, a OPEP decidiu uma quota na qual Angola não se revê.
“Não nos revemos no 1 110 mil de barris/dia que é refletido no documento [comunicado da OPEP] e continuamos com a nossa proposta que é de 1 180 mil barris/dia. Este montante é o que faremos o esforço de produzir durante o ano de 2024”, reforçou.
Estevão Pedro, citado pela Lusa, sublinhou que Angola tinha apresentado uma quota de acordo com o que pode e pretende produzir, indicando que foi formalizada uma carta expressando esta posição.
“O que faltou na reunião foi o critério habitualmente utilizado que é a unanimidade”, lamentou, considerando que a posição de Angola deveria “ser aceite”, cumprindo o princípio da soberania dos países-membros.