O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi na manhã desta Terça-feira recebido no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron, com quem manteve um encontro de trabalho.
A alegada tentativa de golpe Estado dos dias 30 de Novembro e 01 de Dezembro últimos terá sido o tema predominante da conversa entre os dois estadistas. Segundo fonte da Presidência da Guiné-Bissau, o Presidente de França “´condenou a tentativa de subversão à ordem constitucional” no país lusófono africano.
Recorde-se que no dia 30 de Novembro, depois de oito horas de audição, o Ministério Público da Guiné-Bissau ordenou a prisão preventiva do ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.
O ministro da Economia e Finanças e o secretário de Estado do Tesouro estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de 6 mil milhões de francos CFA (pouco mais de 9 milhões de dólares) a onze empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau, concretamente o Banco da Africa Ocidental (BAO).
Os dois membros do Governo foram conduzidos às celas da Polícia Judiciária de Bandim, mas, horas depois, acabaram por ser soltos, pelo Chefe da Guarda Nacional, Vitor Tchongo, sem saber ainda de quem este recebeu a ordem para este ato.
Entretanto, na manhã do dia 01 de Dezembro, Suleimane Seidi e António Monteiro foram reconduzidos à prisão pelos militares das FARP depois de violentos tiroteios em Bissau, concretamente junto ao quartel da Guarda Nacional, no bairro de Luanda, fruto de confrontos entre soldados daquela corporação e elementos do Batalhão da Presidência da República, FARP com o intuito de neutralizar os elementos da Guarda Nacional, que por fim acabaram por ser detidos.
A Polícia Militar foi enviada ao local dos combates e na manhã do dia 01 de Dezembro, deteve o comandante da Guarda Nacional, coronel Vítor Tchongo, e “mais alguns elementos” daquela corporação.
Na sequência destes acontecimentos, o Presidente guineense, Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento no dia 04 de Dezembro, por considerar ter havido tentativa de golpe de Estado, alegadamente com cumplicidade de políticos, nomeadamente alguns da ‘casa das leis’, com realce para o seu líder, Domingos Simões Pereira.





