O indiano Gautam Adani, cuja fortuna diminuiu 80 biliões de dólares no ano passado, recuperou há dias o posto de homem mais rico da Ásia, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.
O industrial ganhou mais de 13 biliões de dólares em património líquido nos últimos dois dias, segundo reportagem da CNN. Assim, a sua fortuna agora é calculada em 97,6 biliões de dólares, o que fez com que ultrapasse o seu compatriota Mukesh Ambani (97 biliões de dólares) e se tornasse o asiático mais rico do mundo.
Elon Musk continua a ocupar o lugar de homem mais rico do mundo (220 biliões de dólares), seguido por Jeff Bezos (169 biliões de dólares) e Bernard Arnault (168 biliões de dólares). Adani aparece como 12º colocado no ranking global, enquanto Ambani caiu para 13º.
Adani é um dos maiores nomes do sector das infra-estrutura do seu país e é conhecido por ser um dos maiores empresários da Índia. Os seus investimentos vão desde minas de carvão (um dos seus primeiros negócios), até usinas de energia, portos e aeroportos.
Em 2023, um ano considerado difícil, Adani estava entre as pessoas mais ricas do mundo até Janeiro, quando o seu património pessoal diminuiu 34 biliões de dólares em apenas três dias. A queda fez com que caísse do quarto lugar para o 11º na lista da Bloomberg.
As acções das empresas do Grupo Adani registaram uma perda de mais de 68 bilhões de dólares no valor de mercado, após a publicação de um relatório da Hindenburg Research, empresa de investimentos norte-americana, alegando “manipulação descarada de acções e fraude contábil”. O conglomerado rebateu as acusações, que descreveu como “mal-intencionadas”.
O caso foi parar na Justiça indiana. No passado dia 04 deste mês, o Supremo Tribunal da Índia descartou as acusações contra o conglomerado de Adani.
“A verdade prevaleceu. Sou grato a todas as pessoas que nos apoiaram. A nossa humilde contribuição para a história de crescimento da Índia continuará”, disse Gautam Adani, após a decisão do Supremo Tribunal do seu país.