O Governo da Guiné-Bissau fixou em 300 francos cfa (0,11 euros) o preço mínimo por kilograma ao produtor para a campanha de comercialização da castanha de cajú para o presente ano. A decisão consta do comunicado da sessão extraordinária do Conselho de Ministros.
Para a Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju 2024, o Governo guineense fixou também a base tributária em 800 dólares (738 euros) por tonelada, menos 100 dólares (92 euros) do que no ano passado.
O executivo deliberou ainda o dia 15 de Março como data de abertura oficial da campanha de 2024.
De acordo com a Lusa, a campanha de 2023 foi considerada um fracasso pelas autoridades guineenses, encontrando-se ainda em Bissau duas a três mil toneladas de castanha de caju remanescente.
O país produz cerca de 230 mil toneladas de caju, do qual depende, directa ou indirectamente, mais de 90% dos cerca de dois milhões de habitantes.
Este é o produto com maior peso nas exportações da Guiné-Bissau e os agentes do sector pedem ao Governo para reforçar as medidas de segurança nas fronteiras para evitar a perda de divisas com a saída clandestina do caju pelas fronteiras terrestres para países vizinhos como o Senegal.
A Guiné-Bissau exportou, em 2023, 170 mil toneladas de castanha de caju, mas segundo o presidente da Associação de Intermediários da Guiné-Bissau, Lassana Sambú, durante a campanha da comercialização, 165 mil toneladas foram registadas na báscula de Ziguinchor, região de Casamança, no sul do Senegal.