Governo angolano “nega” saída de empresários americanos

O Governo angolano nega saída de empresário norte-americanos que actuam no sector petrolífero, justificando que o investimento não abrandou, numa altura em que observa um período de declínio produção de petróleo acentuado. À FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, disse que as maiores companhias petrolíferas continuam em…
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À FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, justifica que as maiores companhias petrolíferas continuam em Angola.
Economia

O Governo angolano nega saída de empresário norte-americanos que actuam no sector petrolífero, justificando que o investimento não abrandou, numa altura em que observa um período de declínio produção de petróleo acentuado.

À FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, disse que as maiores companhias petrolíferas continuam em Angola.  

“Realmente, nós temos, às vezes, períodos de maiores de investimentos e de menores investimentos, mas, no geral, tudo depende das campanhas de exploração e dos programas aprovados pela nossa concessionária com os operadores”, frisou José Barroso.

Questionado sobre o impacto da instabilidade cambial, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás admitiu que as questões cambiais têm sempre alguma influência na actividade, mas não tem tido um impacto directo na produção de petróleo.

Recentemente, o presidente da Câmara de Comércio Americana em Angola (AmCham-Angola), Pedro Godinho, revelou que “a falta de estabilidade cambial, fiscal e o alto nível de burocracia em Angola ameaçam investidores americanos”.

Por outro lado, o presidente da AmCham-Angola revelou que, em 2023, as diferenças cambiais provocaram um prejuízo acima de 9 milhões de dólares aos membros da Câmara. “Isso é sério. As coisas estão preocupantes. Se reparar, houve uma desvalorização acima dos 30% do kwanza”, enfatizou.

Neste cenário que diz ser “desafiador”, Pedro Godinho aponta que uma das prioridades deste ano é ajudar os membros a navegarem neste mundo de dificuldades, advogando e intercedendo junto dos líderes que têm o poder de decisão no país.

José Barroso falava durante o lançamento da 5ª edição da Conferência e Exposição Oil & Gas 2024, que vai decorrer em Luanda de 02 a 03 de Outubro do ano em curso.

Segundo o director da Energy Capital Power Angola, Luís Conde, a Angola Oil & Gas 2024 tem como propósito proporcionar uma plataforma única e valiosa para líderes da indústria, investidores e autoridades de governo a se reunirem, compartilharem ideias e promoverem colaboração para o crescimento coletivo e desenvolvimento do setor de petróleo e gás em Angola.

“Desde discussões executivas de alto nível até workshops técnicos, a AOG 2024 abrange todo o espectro da indústria (upstream, midstream, downstream), capacitando os participantes com conhecimentos e habilidades para decisões informadas e destaque em um mercado em constante evolução, com foco específico em negociações para impulsionar investimentos”, referiu.

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