A cientista, economista e investigadora do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), Lilhan Barbosa, defende maior aposta nos “negócios verdes”, para colmatar o impacto da crise financeira e gerar renda para as famílias angolanas.
Lilhan Barbosa considera que “quando há desenvolvimento económico e social, há maior probabilidade de gerar riqueza. As universidades não estão a gerar riqueza, pois apenas estão a gerar conhecimento”,
Os negócios verdes, continuou, estimulam o surgimento de mais cooperativa, permitindo contratar várias pessoas, tal como agricultura familiar.
“Em Angola, o impacto seria maior, porque aqui temos a maior parte da população desempregada. Tendo uma cooperativa e uma fábrica de reciclagem, haverá bons resultados na criação de postos de trabalho”, disse.
A também directora de economia e meio ambiente do Conselho da Embaixada do Brasil em Angola entende que os empreendimentos devem estar associados às métricas sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (ESG) para que haja melhoria no sector social das infra-estrururas, tendo em conta a evolução da inovação.
Além de trabalhar com as comunidades em Angola e no ISPTEC, a economista tem uma fábrica de cosméticos sem microplásticos e é autora do livro “Do Zero ao Sucesso com Elas”, em que conta histórias de mulheres que inspiram e que mostram como é possível construir uma carreira ou um negócio de sucesso a partir do zero.
Lilhan Barbosa será uma das oradoras da 1ª edição da Conferência Anual de Jovens Mulheres Empresárias, que vai decorrer no dia 16 de do mês em curso, no Centro de Conferências de Belas CCB, em Luanda, onde irá abordar a “resiliência e adaptação: mulheres na vanguarda da abordagem aos desafios ambientais em Angola (ODS 13,14 e 15)”.
O evento vai juntar mais de 2 000 empresárias, incluindo de Moçambique, Portugal, Brasil, China e África do Sul.
