O crédito ao sector real da economia em Angola posicionou-se nos 1,2 biliões de kwanzas (cerca de 1,4 mil milhões de dólares), em Fevereiro do ano em curso, tendo encolhido 3,8% no total da carteira de crédito bancário concedido, comparativamente ao período homologo, de 2023, como mostram os dados do Banco Nacional de Angola (BNA) consultados pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
Assim, o crédito ao sector real representa 20,8% do total dos créditos que a banca concedeu, abaixo dos anteriores mais de 24% de relevância que tinha em Fevereiro de 2023, segundo a informação publicada no website do banco central.
Não obstante a isso, os dados do regulador mostram que houve um aumento de mais de 63,4 mil milhões de kwanzas (75,6 milhões de dólares) no dinheiro concedido ao sector real por parte da banca, em Fevereiro último.
Com base nos números avançados pelo BNA, pode-se afirmar que o crédito ao sector real cresceu em valor, mas diminuiu em relevância na carteira dos bancos, o que deixa a perceber que outros segmentos cresceram na mesma proporção ou até mais que o sector real.
Mais de 87% do crédito concedido foi para privados
No campo mais global, o regulador indica que o crédito bruto se posicionou nos 6,22 biliões de kwanzas (7,4 mil milhões de dólares), tendo registado um aumento de cerca de 1,4 biliões de kwanzas (1,6 mil milhões de dólares), face ao período homólogo.
Os números indicam ainda que o crédito em moeda nacional atingiu 4,6 biliões de kwanzas (5,4 mil milhões de dólares) em Fevereiro, tendo registado um aumento de 69,3 mil milhões de kwanzas (82,6 milhões de dólares) nos primeiros dois meses do ano de 2024.
Os privados são aqueles que receberam a maior fatia do bolo, exactos 87,60%, enquanto o Estado beneficiou de pouco mais de 12%.