O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) de Angola e o Banco BIC assinaram esta Terça-feira, em Luanda, um acordo que permitirá a criação de condições para a concessão automática de garantias parciais de crédito às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME´s), cooperativas e empreendedores singulares.
A celebração do acordo visa fomentar a produção nacional e promover os produtos com selo “Feito em Angola”, por intermédio da Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis (LAPS), gizado pelo FGC, para cobrir a insuficiência de garantias reais que as MPME’s, cooperativas e empreendedores singulares apresentam no momento da solicitação de crédito.
Com uma cobertura do risco de até 80% do financiamento, o acordo prevê a automatização das garantias públicas, num montante de até 200 milhões de kwanzas, podendo chegar a 85% de cobertura a projectos liderados por jovens e mulheres no âmbito da inclusão e combate à pobreza.
O presidente do conselho de administração do FGC, Luzayadio Simba, garantiu que o memorando vem suprir diante da banca a insuficiência de garantias reais que as MPME’s, cooperativas e empreendedores singulares apresentam no momento da solicitação de crédito.
“A LAPS foi desenhada para que banco possa gerir os processos com base nas condições e limites da sua capacidade e estratégia. O Fundo de Garantia de Crédito está ainda a operacionalizar com o Banco BIC a linha Garantia de Apoio à Produção (GAP), com o limite de garantia até cinco milhões de dólares, equivalente em kwanzas”, detalhou.
O PCA referiu que, no ano transacto, a instituição foi capitalizada com um montante de 50 mil milhões de kwanzas, que é alavancado por quatro, o que significa que o FGC dispõe de 200 mil milhões de kwanzas para apoiar a produção nacional.
Por sua vez o presidente da comissão executiva do Banco BIC, Hugo Teles, considerou que o acordo reforça a parceria já existente com o fundo, mas trazendo a novidade da emissão de garantias automáticas até 200 milhões de kwanzas para as MPME’s certificadas pelo Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).
“Os bancos estão a abrir facilidades para os empresários acederem às garantias públicas e aos financiamentos. Nós queremos ser um motor da economia”, disse Hugo Teles, garantindo que a sua instituição está a desenvolver esforços para que os projectos do sector produtivo aconteçam, possam dar pequenos passos e crescer consideravelmente.
No âmbito da LAPS, o FGC rubricou acordos com sete bancos comerciais, nomeadamente BIC, BCA, BPC, Banco YETU, BCGA, BCS, Millennium Atlântico, para facilitar o acesso ao crédito bancário as cooperativas, agricultores familiares, micro e pequenas empresas
