O projecto Cuerama proporciona acesso a educação, alimentação, a faculdade de saber fazer, por meio das oficinas pedagógicas e ainda proporciona suporte básico de saúde à comunidade onde está instalado, na província do Cuanza Sul, uma jóia no campo da responsabilidade social.
Ao fim de seis anos de projecto, a fundação Cuerama pode orgulhar-se de impactar de forma directa 583 crianças na sua escola que vai da primeira à sexta classe, como disse à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA a Directora de Impacto Fundação”, Bernardete Ferreira.
Além da formação académica de base, há a componente de ensinar o saber fazer “pelas oficinas pedagógicas, oficina do sabão, olaria, costura, carpintaria”, disse. Sendo que neste quesito do saber fazer a orta pedagógica, na qual ensinam às crianças os princípios básicos da agricultura, é o carro-forte da fundação.
O projecto está situado no Cuanza sul, na fronteira com o Bié e conforme a Directora de Impacto, Bernardete Ferreira, conta com uma biblioteca com mais 3 mil livros, um centro com 20 computadores, no qual acontecem as formações de inclusão digital e ainda uma casa de voluntários. Sendo que “o voluntariado nacional já funciona, estamos a olhar para o voluntariado internacional”, disse.
A responsável que falou à margem da cerimónia dos “Prémios Forbes de Responsabilidade Social”, disse também que a missão da fundação é o desenvolvimento comunitário e humano nas comunidades rurais em Angola, um objectivo que leva a que a fundação opte também por ter um pequeno centro de saúde junto da escola, “acaba por dar suporte à comunidade no quesito a serviços de saúde básicos”, disse a directora de impacto da fundação Cuerama.
Mas mesmo para quem faz o bem, os tempos não são só de graça, pelo que, a estrada tem sido o maior desafio. “Dificulta o transporte de mercadoria e pessoas”, disse, tendo acrescido que, os meios de comunicação são outra dor de cabeça. “A situação só não é pior, por conta da parceria com a NCR”.
A olhar para o futuro, Bernardete Ferreira disse que o objectivo passa por conseguir replicar o projecto noutras comunidades do país, “temos prova que a educação e a saúde são possíveis”, finalizou.