A companhia angolana Bestfly anunciou nesta terça-feira, 23 de Abril, que vai deixar Cabo Verde, por conta do “ambiente de negócios tóxico e punitivo”, tendo mesmo apontado o dedo ao tratamento que recebeu das autoridades, como chegou também a noticiar o Observador.
“Temos operado num ambiente de negócios tóxico e punitivo, que condiciona severamente a nossa capacidade de acção, apesar do investimento contínuo”, lê-se na nota.
A nota da empresa indica também que “o contexto tem sido marcado por situações de franca anormalidade”.
A posição da Bestfly foi anunciada depois de a Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde ter revogado os termos de entrada de um avião que ia permitir retomar os voos, substituindo as aeronaves que estão em manutenção.
Trata-se de uma decisão relevante e que certamente vai impactar o transporte aéreo em Cabo Verde, já que a marca detinha a concessão atribuída pelo governo dos voos interilhas, embora o serviço se tenha deteriorado por falta de aviões, ao ponto de os voos terem sido suspensos no início do mês em curso.
A Bestfly fecha o comunicado com um convite a reflexão para as autoridades, “sugerimos que as autoridades cabo-verdianas façam a devida análise de quantas companhias já operaram em Cabo Verde nos últimos 10 anos”, lê-se.