O aumento do preço do arroz está a afetar os negócios na Guiné-Bissau com vendas paradas por falta de clientes e de dinheiro.
Esta é a realidade no mercado central de Bissau onde o desabafo que se ouve é “não há negócio” e onde são poucos os clientes.
Os que aparecem, “são os antigos”, que dizem que “não há dinheiro” e, muitas vezes, “perguntam o preço” e acabam por não comprar, como explica Antónia da Silva Costa, representante das mulheres deste mercado.
“O aumento do arroz tocou-nos a todos”, diz esta mulher que vende legumes e frutas e é com o dinheiro que faz que compra arroz, a base da alimentação dos guineenses.
“Se o preço é exorbitante, não podemos comprar porque não há dinheiro, não há poder de compra. Isso afeta-nos, aos pobres, afecta muito”, afirma.
O preço do saco de arroz de 50 quilos, o mais comercializado na Guiné-Bissau, aumentou de 17.500 francos cfa (26 euros) para 21.500 (32 euros), por decisão do Governo, que acabou com as subvenções às empresas importadoras.
“Esse preço é uma dor e cabeça para nós, é muito, não conseguimos comprar, a gente está a passar fome, mas muita fome”, diz Antónia, citada pela Lusa.