Aliko Dangote, CEO do Dangote Group e o homem mais rico de África, “queixou-se” e criticou os excessos de burocracia com que os homes de negócio, particularmente, ainda se esbarram para se movimentarem pelo continente.
Durante a sua intervenção na 11ª Cimeira Anual do Africa CEO Fórum, considerado o maior evento anual do sector privado de África, que decorreu há dias em Kigali (Ruanda), Dangote relatou que tem enfrentado “enormes dificuldades” para viajar pelo próprio continente, embora realize negócios em vários países africanos.
O empresário nigeriano, revelou que precisa de 35 vistos diferentes no seu passaporte para circular por África, o que, como disse, cidadãos com passaportes europeus não precisam.
“Como investidor, como alguém que quer tornar África grande, tenho de solicitar 35 vistos diferentes no meu passaporte”, disse.
Posicionado no 144º lugar do ranking global dos bilionário da Forbes, apesar da queda da sua fortuna face a 2023, Aliko Dangote continua a ser o homem mais rico de África. Em 2023, o empresário da Nigéria tinha uma fortuna avaliada em 14,2 mil milhões de dólares, tendo caído este ano [2024] para 13,4 mil milhões de dólares.
O empreendedor fundou e preside a Dangote Cement, o maior produtor de cimentos do continente africano, com capacidade para produzir 48,6 milhões de toneladas de cimento ao ano. A empresa está presente em 10 países africanos. Aliko Dangote controla cerca de 85% da cimenteira, de capital disperso em bolsa, através da sua holding.
De 16 a 17 deste mês de Maio, Africa CEO Forum juntou em Kigali 2 000 líderes empresariais, CEOs, investidores e decisores políticos de África e de todo o mundo, dentre eles chefes de Estado e ministros. Foram dois dias de conferências, debates e reuniões de alto nível dedicados a destacar o papel propulsor do sector privado no desenvolvimento do continente.
