Os accionistas do banco BAI Micro Finanças, S.A (BMF) vão dissolver a instituição e já comunicaram a decisão ao Banco Nacional de Angola (BNA).
A informação consta de um comunicado publicado nesta Quinta-feira, 08, no website do banco central – órgão que regula e supervisiona o mercado bancário angolano – consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, em que se dá nota que o BNA procedeu o registo da deliberação dos accionistas do Banco BAI Micro Finanças, que, em sede de assembleia-geral realizada no dia 09 de Agosto de 2022, decidiu pela sua dissolução voluntária e liquidação.
Entretanto, o banco central informa que, apesar de ter sido notificado sobre a posição dos accionistas, a autorização da instituição financeira bancária para o exercício da actividade para a qual foi criada, já se encontra caducada, pelo que “foi aditada à firma a menção em liquidação”, em cumprimento da Lei das Sociedades Comerciais.
Entretanto, também em comunicado divulgado nesta Quinta-feira, o Banco Angolano de Investimento (BAI), accionista maioritário do BMF, que já tinha celebrado um contrato promessa de compra e venda, sujeito a condição resolutiva, com o empresário António Mosquito, esclarece que o cancelamento do negócio se deveu ao facto de o Banco Nacional de Angola não ter aprovado a transmissão da participação qualificada.
“Foi após a notificação desse indeferimento que o sinal pago foi devolvido pelo BAI, nos termos do previsto no contrato. O encerramento do processo negocial teve constante alinhamento entre as partes”, avança o comunicado, acrescentando que a decisão do supervisor bancário, levou a um reequacionamento da estratégia para a sua participada e que o mercado será informado de forma tempestiva e transparente da decisão”.
Com mais de 84 mil clientes, o BAI Micro Finanças, que iniciou a sua actividade em 2004, não publica Relatório e Contas desde o mês de Abril do 2021. O Banco Angolano de Investimento é o principal accionista da instituição, com 98,41% de acções, sendo os restantes 1,59% repartidos por outros.