As acções da Xiaomi caíram 5,71% esta Segunda-feira, 13, depois de um acidente fatal envolvendo um dos seus carros eléctricos SU7, ocorrido na cidade de Chengdu, no centro da China. O veículo incendiou-se após uma colisão, provocando a morte do condutor, de 31 anos.
Segundo o portal noticioso The Paper, o automóvel, equipado com fechaduras eléctricas, embateu num outro veículo durante a madrugada. O sistema automático de destravamento das portas terá falhado, impedindo o resgate do motorista.
Testemunhas relataram que vários transeuntes tentaram abrir as portas e apagar o fogo, chegando a partir os vidros com objectos, mas sem sucesso. O condutor, alegadamente sob efeito de álcool, ficou preso no interior e acabou por morrer quando o carro pegou fogo.
Ainda de acordo com o portal, o automóvel circulava a mais de 100 quilómetros por hora no momento em que tentou desviar-se de outro carro que reduziu a velocidade para virar à direita.
A notícia levou as acções da empresa ao nível mais baixo desde Abril, quando um acidente semelhante com outro veículo eléctrico da marca, que se incendiou numa autoestrada no leste da China e causou três mortes, também provocou forte recuo no valor de mercado da Xiaomi.
Apesar do impacto negativo, as acções da tecnológica mantêm uma valorização acumulada de 44,35% desde o início do ano, sustentada pelo entusiasmo dos investidores com a entrada da marca no segmento automóvel.
Tradicionalmente associada à produção de telemóveis e dispositivos inteligentes, a Xiaomi tem diversificado o seu portefólio, apostando no competitivo mercado de veículos eléctricos na China, actualmente dominado por marcas como a BYD e a Tesla.
*Com Lusa