Decorre em Luanda a 7ª edição do maior evento de arte contemporánea do país

O Fuckin Globo – evento de exposição de arte contemporânea criado em 2015 e que desde a data vem decorrendo com periodicidade anual – arrancou no passado dia 19 de Agosto, naquela que é a sua 7ª edição, com a participação de 17 artistas, dentre os quais 16 angolanos e uma sul-africana, numa das unidades…
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O Fuckin Globo, considerado o maior evento de arte contemporânea do país, arrancou a 19 de Agosto, com a participação de 17 artista, e tem encerramento marcado para 2 de Setembro próximo.
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O Fuckin Globo – evento de exposição de arte contemporânea criado em 2015 e que desde a data vem decorrendo com periodicidade anual – arrancou no passado dia 19 de Agosto, naquela que é a sua 7ª edição, com a participação de 17 artistas, dentre os quais 16 angolanos e uma sul-africana, numa das unidades hoteleiras da capital angolana, Luanda.

Na presente edição do evento, considerado o maior de arte contemporânea do país, e que tem o encerramento marcado para o próximo dia 2 de Setembro, participam os artistas Kiluanje Kia Henda, Pamina Sebastião, Mussunda Nzombo, Verkron, Indira Grandê, Jaliya The Bird, Adriano Cangombe, Maria Gracia Latedjou, Yola Balanga, Thô Simões, Iris Chocolate, Flávio Cardoso, Mwana Puó, Toy Boy, Elena Uambembe (sul-africana), Indira Mateta e Rui Magalhães.

Segundos os curadores do evento, Adriano Cangombe e Adriano Mixinge, esta edição, como sempre, desenrola-se na contramão do White Cube e das convenções estruturais e institucionais da arte contemporânea, visto que os artistas trazem a público “propostas artísticas e estéticas para contribuir a pensar o país e o mundo hoje”.

A angolana Indira Grandê – artista visual, poetisa, escritora, comunicóloga e cantora – é um dos rostos que contribui para a concretização desta exposição. Pela terceira vez desde a existência do projecto, a jovem artista vai levar uma instalação sonora, denominada “A Cidade dos Porquês”, à apreciação do público.

Para Grandê, “A Cidade dos Porquês” é uma instalação sonora que usa a cultura de lugar e a paisagem sonora da capital Luanda para transmissão de emoções e percepções de tempo e espaço, num exercício comum e individual como repensar a cultura de lugar e seus valores, “numa cidade que se movimenta no silêncio e se reproduz no ruído”.

“O som é a presença e ausência. Há tantos ou mais silêncios quanto sons no som. […] há sempre som dentro do silêncio: mesmo quando não ouvimos os barulhos do mundo, fechados numa cabine à prova de som, ouvimos o barulhismo do nosso próprio corpo produtor e receptor de ruídos”, refere Indira Grandê à FORBES, citando o compositor brasileiro, José Miguel Wisnik

Indira Grandê é licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Autónoma de Lisboa. Frequentou o curso de Design no IADE Creative University, tendo já participado em duas exposições colectivas do Fuckin Globo, 2018 e 2020, com as peças o “NEONATO” e “Catumbela das Conchas”.

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