Adélia Prado vence Prémio Camões 2024

A poetisa brasileira Adélia Prado é a vencedora do Prémio Camões 2024, o mais prestigiado galardão literário da língua portuguesa, conforme anunciado pelo Ministério português da Cultura. Nascida em Minas Gerais em 1935, Adélia Prado é reconhecida pelo júri como uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa, destacando-se especialmente pela sua obra poética singular…
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Adélia Prado, poetisa brasileira de 89 anos, foi premiada com o Prémio Camões 2024 pelo Ministério da Cultura de Portugal, reconhecida por sua obra poética iniciada com "Bagagem" em 1976.
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A poetisa brasileira Adélia Prado é a vencedora do Prémio Camões 2024, o mais prestigiado galardão literário da língua portuguesa, conforme anunciado pelo Ministério português da Cultura.

Nascida em Minas Gerais em 1935, Adélia Prado é reconhecida pelo júri como uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa, destacando-se especialmente pela sua obra poética singular que se estende ao longo de décadas.

O júri, que atribuiu o prémio por maioria, enalteceu a originalidade da obra de Adélia Prado, que teve início em 1976 com o livro de poesia “Bagagem”, sendo apadrinhada por Carlos Drummond de Andrade, que reconheceu a sua capacidade lírica e existencial. Ao longo da sua carreira, Prado escreveu obras emblemáticas como “O Coração Disparado”, agraciado com o Prémio Jabuti, “Terra de Santa Cruz”, além de obras de prosa como “Solte os Cachorros” e “Cacos para um Vitral”, e o livro infantil “Quando eu era pequena”.

De acordo com a Lusa, em 2014, Adélia Prado foi condecorada pelo Governo brasileiro com a Ordem do Mérito Cultural, e em 2016 foi publicada em Portugal a antologia de poesia “Tudo que existe louvará”. Este é o 36.º Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, que visa homenagear autores cuja obra tenha contribuído significativamente para a literatura em língua portuguesa.

O júri desta edição foi composto pelos professores universitários Clara Rocha e Isabel Cristina Mateus de Portugal, Francisco Noa e Dionísio Bahule de Moçambique, e Cleber Ribas de Almeida e Deonísio da Silva do Brasil. O Prémio Camões inclui um valor monetário de 100.000 euros, e em 2023 foi atribuído ao escritor e tradutor português João Barrento.

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