A vida real de Adilson Correia Duarte, um homem de ascendência cabo‐verdiana, nascido em Angola, que vive em Portugal há mais de 40 anos sem ter obtido cidadania portuguesa, serviu de inspiração á estreia de Dino d’Santiago na ópera.
O músico e ativista foi desafiado pelo BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas2025 para conceber e levar à cena este género artístico.
“Adilson” aborda, em cinco actos, vos temas da discriminação racial, marginalização, numa crítica à burocracia dos que ainda vivem à margem, numa sociedade cada vez mais miscigenada.
Dino D’Santiago assume múltiplas funções na produção: conceito, encenação, libreto e dramaturgia são da sua autoria, em colaboração com Rui Catalão (texto original “Serviço Estrangeiro”). Dino também é responsável pela composição e produção musical em parceria com o instrumentista cabo-verdiano Djodje Almeida. Martim Sousa Tavares dirige musicalmente as ópera.
Do elenco fazem parte vozes de Michelle Mara, Cati, NBC, Soraia Morais, Koffy, Rebeca Reinaldo e Rúben Gomes,. Um elenco eclético que explora vários ritmos, sonoridades que vagueiam entre o canto lírico, o gospel, o soul, jazz e alguns ritmos tradicionais da lusofonia.
Depois do CCB, onde vai estar em cena entre hoje e domingo, a ópera “Adilson” segue para Braga (Theatro Circo) a 19 de setembro, Faro a 25 de outubro e Aveiro a 7 de novembro.